De origem coreana, o taekwondo surgiu há mais de dois mil anos e utiliza movimentos de ataque e defesa com os pés e as mãos. Entre as capacidades físicas trabalhadas estão a força, o equilíbrio, a potência e a flexibilidade. O esporte ganhou mais notoriedade no Brasil e no mundo a partir da década de 1960. No entanto, a estreia nos Jogos Olímpicos ocorreu apenas em 2000 na edição de Sydney.
A prática da modalidade pode ser como esporte de competição ou como arte marcial. O professor da modalidade há 18 anos, mestre Nedisson Fernandes, explica o formato dos torneios de taekwondo. “Dentro do tatame, o objetivo é atingir o adversário com chutes e socos e somar pontos com cada golpe. É considerado o vencedor aquele que alcançar a maior pontuação depois de três rounds”.
Entre outras regras, Fernandes fala que também é possível ganhar por nocaute. “No caso do seu oponente cair e ir ao chão se inicia uma contagem de 10 segundos. Se ele não conseguir continuar a luta, a vitória é dada ao rival. Por vantagem, vence quem chegar aos 12 pontos no final do segundo round. Pode ocorrer ainda a desclassificação do competidor que der golpes abaixo da cintura e socos no rosto”.
Cada tipo de movimento tem uma pontuação, válida se ocorrer apenas no tronco (atingido o protetor) e cabeça. “São divididos desta forma: um ponto para golpe no protetor de tórax, dois para chute giratório no tronco, três para chute na cabeça e quatro para chute giratório na cabeça. O taekwondo é praticado por homens e mulheres, conforme as categorias do esporte e o peso do atleta”, esclarece.
As cores das faixas representam a graduação e a experiência na modalidade, que pode ser chamada de gub. “Depois de conquistar a faixa preta, os níveis são denominados de dan. O tempo médio para chegar a este patamar é de, no mínimo, cinco anos”.
Praticante há 10 anos, o estudante Lucas Gabriel Nascimento destaca que o taekwondo não é apenas um esporte, mas um hábito de vida. “A atividade ajudou a melhorar meus comportamentos e atitudes, além de trazer benefícios físicos e mentais”.
Quem também é adepto da modalidade é o trabalhador autônomo Matheus de Morais Santos. “O taekwondo está presente na minha vida desde criança. Por influência do irmão, comecei a treinar e o esporte ajudou a mudar o meu estilo de vida. Hoje em dia tenho mais foco e me tornei uma pessoa ainda melhor”.
Desempenho do Brasil
O Brasil possui duas medalhas no taekwondo. A primeira foi conquistada pela lutadora Natália Falavigna, bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008) na categoria acima de 67 kg. E nos Jogos do Rio de Janeiro (2016), o mineiro de Ribeirão das Neves, Maicon Andrade, também levou a medalha de bronze na categoria acima de 87 kg.