Era o 7º clássico entre Atlético e Cruzeiro do ano. Acabou em empate e balanço equilibrado: 2 vitórias do Cruzeiro, 2 do Galo e 3 empates. O mesmo número de gols, 7 para cada lado.
O que faltou foi bola. Futebol muito ruim, passes errados, faltas desnecessárias e emoção quase nenhuma, gol muito menos.
O Cruzeiro dominou os primeiros 20 minutos, correndo mais, trocando passes e não deixando a bola passar do seu meio-campo.
Esta intensidade foi se esvaindo e o Atlético terminou o jogo bem melhor, pressionando, mas com deficiências conhecidas. Mancini errou quando tirou Cazares e deixou Luan em campo. Abel Braga tentou substituições e praticamente nada mudou. Uma arbitragem sem contestações e um lamentável episódio final de brigas na torcida.
Já comentamos, em outras ocasiões, sobre a segurança no Mineirão com divisão de torcidas e camarotes separados por frágeis barreiras.
O Mineirão tem defeitos originados na reforma e precisam de reparos, incluindo a volta das cabines de Rádio e TV.
Isso sem falar nos estacionamentos reduzidos inexplicavelmente por uma engenharia que nada sabia (ou quis desconhecer) de como funcionava o estádio desde 1965.
Voltando ao futebol: Cruzeiro e Atlético já devem estar pensando na temporada de 2020. A alta despesa nas folhas de pagamento, a falta de retorno e os magros resultados indicam este caminho como necessário, urgente e inevitável.
Estamos jogando um futebol ultrapassado, onde a troca de passes “prá lá e prá cá” está substituindo a ousadia, o risco, a improvisação tornando o jogo burocrático. Faltam imaginação, talento e velocidade e sobram passes errados, intensidade e luta.
O público não gostou. Ninguém gostou. E, dos 7 jogos disputados em 2019, fica mais decepção do que elogio.
O momento pede renovação já. De jogadores, departamento de futebol, auxiliares e de mentalidade. O ano de 2020 está ali na esquina, pedindo um choque de gestão no futebol de Minas. O clássico do último domingo era a prova que faltava.