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“Circuito Tapume” celebra a arte visual urbana com lambe-lambes

Foto: Isis Medeiros

Com a proposta de fortalecer a cena cultural local e incentivar a participação ativa de diversos grupos sociais, contribuindo para a diversidade e inclusão no cenário artístico da cidade. O “Circuito Tapume – Mostra de Lambe-Lambes de Beagá”, vai escolher dez artistas ou coletivos do universo dos lambe- -lambes para terem as suas obras expostas em pontos da cidade. Os interessados podem consultar o edital e fazer a inscrição até o dia 12 de agosto pelo site linktr.ee/ atraves.cultura.

Os artistas selecionados receberão cachês e suporte para adaptação do projeto expográfico, produção cenográfica, montagem, colagem, divulgação e desmontagem.

Um dos organizadores do Circuito Tapume, Leonardo Beltrão, destaca que os lambes impactam a vida cotidiana das cidades, sem que o público perceba. “Eles estão presentes em postes, tapumes, muros, viadutos e mais locais. Não há uma regra, mas é um suporte de muito fácil acesso e utilização, tanto que a gente vê lambes de propaganda se misturando aos lambes artísticos. Acredito que sua potência está na simplicidade de formato e na facilidade de diálogo com o cidadão de passagem. Buscam trazer imagens ou mensagens que impactem no cotidiano, assim como mais cor e alegria às ruas da cidade”.

“Às vezes, também provocam reflexão e é muito interessante ver a reação do público ao se deparar com um lambe em um lugar inusitado. Belo Horizonte está na ‘crista da onda’ com as artes visuais urbanas há um bom tempo e temos diversos projetos voltados à ocupação urbana. O Circuito Tapume vem para somar nesse processo e potencializar o alcance dos lambes para toda a população”, acrescenta.

Os vencedores serão divulgados no final de agosto e as suas obras, serão expostas em dois circuitos principais de 30 dias cada, a partir do mês de outubro. O primeiro circuito, “Baixo Centro”, as obras serão exibidas em cinco espaços centrais: Centro de Referência das Juventudes (CRJ); Núcleo de Formação e Criação Artística e Cultural (NUFAC-FMC), que fica no Edifício Central; Centro Cultural UFMG e Sula Comida e Cultura, localizado no Edifício Sulacap.

Já no circuito “Transborda”, as obras vão invadir dez espaços públicos. Beltrão destaca que a circulação é de suma importância para maior acesso à produção artística e cultural na cidade. “Historicamente, a maioria dos projetos é executada em áreas centrais ou mais desenvolvidas economicamente. Nesse sentido, ao propormos a ocupação de centros culturais em diversas regiões, permitimos que mais cidadãos possam ter acesso ao projeto”.

Atrações por toda cidade

Além da exibição das obras, cada circuito incluirá atividades específicas. No “Baixo Centro”, serão incentivadas a mobilidade urbana com roteiros de visitação a pé e de bicicleta e uma visita orientada com curadores e artistas. No “Transborda”, os dez artistas contemplados realizarão ações formativas nos espaços onde suas obras estarão expostas, contribuindo para a formação de público e capacitação de agentes culturais locais. Cada oficina atenderá no mínimo 20 pessoas, com carga horária de duas a quatro horas-aula.