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Só para maiores de 60: museu oferece oficinas de teatro, coral e cinema em BH

Nunca é tarde para aprender uma nova atividade e com a expectativa de vida dos brasileiros atualmente de 76 anos, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se aventurar num novo campo com mais de 60 anos pode ser o início de um hobby ou até mesmo uma profissão. Pois bem, quem tem mais de 60 anos e as manhãs e tardes livres terá a oportunidade de fazer aulas de teatro, canto e cinema no projeto Experimenta 60+, do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, localizado no Circuito Cultural Praça da Liberdade, na capital.

“As escolhas de oficinas se deram muito pelo lado de como propor atividades que tenham impacto de sociabilização e têm necessidade de engajamento físico para que essas pessoas entendam a importância da aproximação e da coletividade”, explica Alexandre Milagres, curador do Museu, sobre a seleção das ações.

Ele acrescenta ainda que as atividades têm um grande histórico artístico na sociedade. “Todos os trabalhos concretizados nas artes cênicas, de atuação e de formação, mostram que temos um campo rico para que essas pessoas possam desenvolver um trabalho. Quem sabe não sai daqui um grupo cênico? Quem sabe não podemos ser multiplicadores disso? No coral também, quem sabe dessa experimentação com a música, não sai coisas ricas?”, questiona o curador.

Apesar da expectativa alta, Milagres acrescenta que a proposta não é engessada. “Eles não estão aqui para fazer uma oficina e gerar um produto final previamente estabelecido, eles estão aqui para se entenderem, cada um deles com sua identidade. Cada grupo é um e os resultados são sempre diferentes”, diz.

Não é a primeira vez que o museu oferta propostas exclusivas para idosos, o Ateliê 60+, projeto realizado todas as terças-feiras, às 9h30, que promove atividades de pintura livre para esse público utilizando técnica acrílica sobre tela, acontece há 5 anos. “Esse não foi um projeto tirado da cartola, o museu está há um tempo construindo essa relação, tentando entender e desenvolvendo novas formas de lidar e acolher esse público para além dos estereótipos”, afirma o curador.