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A chapa vai esquentar

O nosso campeonato regional está chegando ao seu momento maior. Mais uma vez, o título será decidido entre Cruzeiro e Atlético ou vice-versa. Nenhuma novidade. Os dois têm mais dinheiro, estrutura, melhores jogadores, torcida e tradição. É obrigação de um dos dois ganhar a taça. Os demais correm, mas acabam morrendo na praia. É uma pena que seja assim, mas quem sabe um dia tal rotina possa ser alterada.

Mas, regional ou rural, a temporada 2024 do futebol mineiro ainda tem muita coisa boa pela frente. Vem aí o Campeonato Brasileiro, repleto de times fortes. Atlético e Cruzeiro sonhando em conquistar o troféu da série A, a principal. Na série B, depois de rolar barranco abaixo, o América vai tentar subir novamente. Parece sina do Coelho, que cai, levanta e vai levando a vida. Do interior, vamos ter o Tombense e o Athletic lutando bravamente na série C, e finalmente a série D, a mais penosa e deficitária onde a briga para arrumar participantes não é fácil. Como se fala na roça, “uma briga de foice no escuro”.

Temos também a Copa do Brasil, o maior torneio de integração do país. Minas tinha cinco vagas, mas infelizmente já perdemos quatro. Cruzeiro, América, Tombense e Athletic foram eliminados. Resta o Atlético que entra só na terceira fase da competição.

Agora, gostinho especial mesmo tem as competições internacionais. Promessa de bons jogos, arenas lotadas e muita grana rolando.
O Cruzeiro, depois de longo tempo afastado do palco principal, volta com tudo para o desafio da Conmebol Sudamericana, nome novo da famosa Copa Sul-Americana. Está no grupo B da fase de grupos e terá como adversários: Universidad Católica (Equador), conhecido como “El Trencito Azul”, Alianza Petrolera da Colômbia “La Maquina Amarela” e Unión La Calera do Chile “Cementeros”, que parece ser o mais forte do grupo.

O Cruzeiro estreia no dia 4 de abril lá em Quito. Cada time do grupo fará dois jogos, ida e volta, o primeiro colocado de cada grupo avança para as oitavas. O segundo colocado de cada grupo disputa mata-mata com o terceiro colocado dos grupos da Libertadores. A premiação é gorda e na fase de grupos são 900 mil dólares, mais 115 mil dólares por vitória. Playoff de 500 mil dólares. As oitavas (US$ 600 mil), quartas (US$ 700 mil), semifinal (US$ 800 mil), vice-campeão (US$ 2 milhões) e campeão (US$ 6 milhões). Ronaldo deve estar com os olhinhos piscando.

O Atlético também vai encarar um desafio gigante. Participa da Copa Libertadores, a mais importante, que pode levar à disputa do título mundial de clubes. O Galo participa da fase de grupos, integrando o grupo G. Vai desafiar o Caracas da Venezuela, o maior time de lá, conhecido como “Los Rojos de Ávila”. Enfrenta o famoso Peñarol do Uruguai “Carboneros” que já ganhou cinco Libertadores e tem como treinador o Diego Aguirre, que já foi treinador do Atlético. Pega também o Rosário Central da Argentina, outro time enjoado, conhecido como “Los Canallas”. O Atlético faz sua estreia fora de casa no dia 4 de abril contra o Caracas lá na Venezuela.

Cada time faz dois jogos, ida e volta. Os dois primeiros de cada grupo avançam para as oitavas. O terceiro colocado de cada grupo é eliminado. A premiação também é para encher o cofre. O campeão vai receber 23 milhões de dólares. Somando a premiação de cada fase, o valor chega a 225,9 milhões de dólares, correspondendo a mais de R$ 1 bilhão. É um dinheirinho danado de bom para pagar os boletos e ainda sobrar troco. Vamos torcer para que os times mineiros tenham bastante inspiração e muita transpiração para conquistar belas taças e uma bolada no Pix. Estamos precisando demais.

Mudando de assunto, peço licença para registrar que participei, como representante da Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE), do 6º Congresso Brasileiro de Cronistas Esportivos, realizado de 20 a 24 de março, em Manaus. Com a presença de companheiros de todo o Brasil e das entidades que cuidam do esporte no continente sul-americano.

A organização foi da Associação dos Cronistas Esportivos do Brasil (ACEB) que reelegeu sua diretoria para o mandato até 2026. Erick Castelhero (São Paulo) como presidente, Rogério Amaral (RS) como 1º vice-presidente, Dito Lopes (BA) como 2º vice-presidente. A diretoria e os conselhos ainda têm a participação de vários companheiros representando todo o Brasil. O evento foi um sucesso.