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Sebrae MG troca frota de veículos para os que consomem etanol

Foto: Felipe Repolês

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae MG) lançou a campanha “Nós usamos etanol – frota Sebrae mais limpa e renovável”, que tem o objetivo de trocar a frota de veículos pelos que consomem apenas etanol. De acordo com o órgão, o uso exclusivo do biocombustível deve reduzir em cerca de 60% a emissão de gases de efeito estufa pelos 140 veículos da instituição.

Conforme informações da entidade, o Sebrae Minas registrou mais de 2 milhões de quilômetros rodados por sua frota em todo o estado no ano passado. Foram 172 mil litros de etanol e cerca de 44 mil litros de gasolina consumidos, o que gerou uma emissão de 246 toneladas de CO2. A utilização exclusiva de etanol teria possibilitado uma redução de quase 63% na emissão ou 235 toneladas de CO2.

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, disse que o lançamento desse programa é um marco histórico e reafirma o compromisso do órgão com a sustentabilidade e o meio ambiente. “Essa iniciativa é mais uma ação do Gestão de Avaliação e Impactos Ambientais (Gaia), nosso abrangente programa de sustentabilidade que tem como objetivo promover políticas responsáveis e ambientalmente conscientes. O programa ‘Nós Usamos Etanol’ representa mais um passo sólido na direção de um futuro mais limpo e sustentável para o Sebrae Minas. Além disso, essa iniciativa está totalmente alinhada com os princípios do environmental, social and governance (ESG), uma abordagem de negócios que valorizam o impacto ambiental, a responsabilidade social e a gestão transparente e eficaz”.

Ele ressaltou que o Governo de Minas Gerais já abraçou uma postura alinhada com a preservação ambiental, e o programa complementa esses esforços, destacando a importância da colaboração entre o setor público e iniciativa privada. “Gostaria destacar também o papel fundamental da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) nessa decisão. Essa parceria estreita foi essencial para entendermos o potencial do etanol produzido em nosso estado e os impactos positivos que sua utilização traria para o meio ambiente e para a economia local. Saliento que a nossa responsabilidade não se limita ao ambiente de negócios, o nosso compromisso é com a construção de um futuro mais justo e equilibrado para todos”.

Já o presidente da Faemg, Antônio Pitangui de Salvo, disse que a ação é uma forma da população que reside em áreas urbanas melhorar o ar que respira. “Todos os produtores rurais têm no mínimo 20% de área reservada para melhorar o ar do mundo aqui no Brasil. Em Minas Gerais é 20%, no Cerrado é 35%, na parte transitória da Amazônia é 50% da propriedade, na Amazônia legal é 80%. Mas o que nós das cidades estamos fazendo? Se você abastece o seu veículo com combustível fóssil, gasolina, no caso, irá ser jogado em torno de 150 gramas de gás de efeito estufa na atmosfera por quilômetro rodado, e com o etanol apenas 62 gramas. Isso é uma coisa que nós podemos fazer em prol das nossas cidades”.

“O Brasil é uma potência agrícola, e tem um combustível que é renovável, limpo e emite menos gases de efeito estufa. Depois de algumas décadas, o brasileiro está entendendo isso e vendo também que com a tecnologia dos novos carros flex é possível a gente melhorar o meio ambiente, fazer economia circular e valorizar o nosso agro, que é tão importante e responsável por quase um terço do país”, declarou Salvo.

Ao usar o etanol em detrimento da gasolina, além de ajudar o meio ambiente, também gera economia a todo o sistema Sebrae. Segundo o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, hoje o etanol aqui em Minas Gerais é um produto que tem incentivo em termos tributários, no sentido de ser menos tarifado que o combustível fóssil, demonstrando o objetivo do governo do Estado de atingir as metas climáticas e caminhar para uma economia cada vez mais verde e com menos carbono.

“O etanol é um produto que gera muito mais emprego que o combustível fóssil aqui no Brasil. Lembrando que nós temos 400 unidades agroindustriais no país, gerando possibilidades de negócios para pequenos e médios empreendedores no interior do país, promovendo esse desenvolvimento regional econômico. Espero que a gente possa também levar essa iniciativa para os outros estados, quem sabe até para o sistema nacional”, concluiu Campos.