A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada pelo bacilo de Koch. Ela afeta os pulmões em 85% das ocorrências, mas também pode acometer outros órgãos, como ossos, rins e as membranas que envolvem o cérebro. Conforme dados do Ministério da Saúde, cerca de 70 mil novos casos são notificados e 4,5 mil mortes acontecem todos os anos no Brasil. A patologia pode levar à morte quando não diagnosticada e tratada rapidamente.
Segundo dados mais recentes divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 10,6 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose em todo o mundo em 2022. Deste total, 5,8 milhões de casos foram em homens, 3,5 milhões em mulheres, enquanto 1,3 milhão foram em crianças. Ainda conforme o relatório, a enfermidade continua sendo a segunda principal causa de morte por doença infecciosa, superando o HIV e a Aids.
A doença é transmitida de pessoa para pessoa pelo ar. “Quando quem está infectado pela tuberculose tosse ou fala, acaba expelindo pequenas gotas contaminadas. Elas são aspiradas por outros indivíduos que podem ser infectados. Não se transmite por objetos compartilhados, como talheres, copos, entre outros”, diz a coordenadora da Comissão Científica de Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Dra. Denise Rossato.
Sinais e tratamento
Denise explica que os sintomas mais comuns são: tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo e prostração, suor noturno, emagrecimento acentuado e febre baixa, que geralmente ocorre no período da tarde. “É necessário buscar ajuda médica o mais rápido possível para dar início aos cuidados”, alerta.
Ainda de acordo com a médica, quem vive com HIV têm 16 vezes mais probabilidade de adoecer com a tuberculose. “A doença é a principal causa de morte entre pessoas com HIV. As duas juntas formam uma combinação letal”.
“O tratamento deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, mas pode se estender por um ano e meio em casos mais graves. A vacina BCG é obrigatória para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da doença”, conclui.
Recuperado
O empresário Sérgio da Costa contraiu tuberculose em 2018. “Quando recebi o diagnóstico fiquei bem assustado, pois desde criança ouço falar que é uma doença mortal. Na época, fui para o hospital com febre, sudorese e muita tosse. O médico fez os exames para identificar a contaminação. Fiz o tratamento padrão para me curar, através de uma combinação de antibióticos. Ainda fiquei sendo monitorado pelos especialistas até estar 100% bem”, afirma.