Um estudo recente realizado pela Swile, startup especializada em benefícios flexíveis, revelou que as gerações Z e Y são as mais interessadas nos incentivos. Os resultados indicam uma preferência marcante das gerações mais novas, com 38% dos profissionais da geração Z e 34,8% da geração Y priorizando a flexibilidade nos benefícios oferecidos pelas empresas.
A pesquisa também sublinha a importância da flexibilidade como um fator chave para o bem-estar no trabalho, sugerindo que as empresas que oferecem vantagens se destacam na atração e retenção de talentos. Este aspecto é especialmente relevante para colaboradores com renda líquida menor, para quem os benefícios podem ser decisivos na escolha de um emprego.
Também existe um desalinhamento entre o que as empresas oferecem e o que os colaboradores valorizam, realçando a necessidade de práticas de RH alinhadas às expectativas dos trabalhadores. O levantamento evidencia uma mudança no mercado de trabalho, com uma demanda crescente por flexibilidade nos benefícios, impulsionada principalmente pelas novas gerações. Este cenário desafia as empresas a repensarem suas estratégias de benefícios para atrair e reter talentos em um ambiente de trabalho cada vez mais competitivo.
Entre as categorias mais valorizadas pelas organizações na hora de oferecer os benefícios aos colaboradores estão: vale- -refeição (81,2%), assistência médica (81,1%), seguro de vida (67,1%), assistência odontológica (62,4%) e vale-alimentação (57,2%).
Segundo a consultora de Recursos Humanos, Karine Soares, os jovens das gerações Z e Y se destacam por suas ambições únicas, impulsionados por uma forte ligação com a tecnologia e uma preocupação notável com o futuro do planeta. “Mais independentes, curiosos e inovadores, os profissionais pertencem ao grupo que surgiu no auge da transformação digital. Podemos ver isso se refletir nos hábitos de consumo, nas formas de se comunicar e nas expectativas de carreira”.
A estudante universitária, Ana Clara Diniz, diz que valoriza bastante os benefícios e a qualidade de vida. “Considero a saúde física e mental fatores importantes para mim. Além disso, a flexibilidade de trabalhar de qualquer lugar é um bônus, bem como a empresa oferecer programas de desenvolvimento profissional, mentoria e até mesmo atividades para fortalecer o ambiente de trabalho”.
Para Karine, o reconhecimento pelos esforços, a flexibilidade nas jornadas e a comunicação mais humanizada estão entre as prioridades da geração Z quando o assunto é trabalho. “Embora seja um grupo que se preocupa muito com o futuro, preferem trabalhar com o que gostam, com algum propósito e em um ambiente que se sintam confortáveis”.
As vantagens e desafios que caracterizam essa geração apontam para a importância de as empresas terem uma cultura aberta, pautada no apoio preventivo à saúde, focada no autocuidado e equilíbrio, para mitigar os riscos de esgotamento. “A flexibilidade também é muito desejada e os modelos de trabalho home office e híbrido são os favoritos desse grupo”, complementa.