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Brasil fora das Olimpíadas: vexame em verde amarelo

O futebol brasileiro não vai disputar os Jogos de Paris 2024. Atual bicampeã olímpica, a seleção deu mais um enorme vexame no Pré-Olímpico de Caracas, na Venezuela, ao ser derrotada pela Argentina por 1 a 0 no dia 11 de fevereiro, e deixar escapar a vaga nas Olimpíadas que poderia acontecer até com um empate a depender do resultado de Venezuela e Paraguai.

Desempenhando um futebol ruim desde a fase de grupos, a seleção brasileira de Ramon Menezes jamais agradou a torcida e em nenhum momento demonstrou forças para alcançar uma das duas vagas no quadrangular final. Além de perder para a nossa maior rival Argentina, que garantiu a vaga, foram mais duas derrotas nos sete jogos disputados em Caracas, diante de Venezuela (3 a 1) e Paraguai (1 a 0), este já na fase decisiva, na qual somou apenas um triunfo, diante dos venezuelanos, por 2 a 1, conquistado nos minutos finais.

Sem uma equipe titular definida desde o início da competição, mais uma vez o técnico Ramon Menezes mandou o Brasil a campo modificado. Herói diante da Venezuela, definindo os 2 a 1 no fim, Guilherme Biro voltou a começar um jogo em escalação bastante contestada, com as saídas dos atacantes Gabriel Pec e John Kennedy, surpreendentemente na reserva. Alexsander voltou para o meio, com Rikelme na lateral esquerda. Endrick ficou isolado na frente.

Para não depender do resultado do jogo entre Venezuela e Paraguai, o Brasil tinha de ganhar para se garantir matematicamente. Aos argentinos restava uma única opção: somar os três pontos para subir aos cinco e avançar. O Brasil foi um time acuado, se postou atrás, roubando bolas e mandando para a velocidade do atacante Endrick, com Biro um pouco mais atrás, na armação. Apesar de encaixar duas boas escapadas no começo, faltou qualidade nas finalizações.

Para duas seleções que necessitavam de um triunfo, o primeiro tempo acabou muito aquém do esperado. A insegurança de Ramon Menezes e a ineficiência do ataque argentino proporcionaram 48 minutos, contando os acréscimos, de muita catimba, jogo truncado e pouca emoção.

A esperança do torcedor brasileiro em John Kennedy iniciar o segundo tempo foi mais uma vez frustrada, pois Ramon resolveu insistir na equipe defensiva. Somente a partir dos 12 minutos da etapa final o treinador optou não apenas pelo atacante do Fluminense, como também Gabriel Pec.

A equipe brasileira que tinha mais jogadores na frente e rondava mais a área, sofria com o jogo aéreo da Argentina. Medina já havia assustado quando o cruzamento de Barco chegou para o grandalhão Gondou, sozinho entre os defensores, mandar no canto e abrir o marcador, aos 32 minutos. A seleção verde e amarela sentiu o golpe, ainda levou uma bola no travessão no fim e não conseguiu sequer ameaçar o empate, amargando mais um gigante vexame.

Verdade seja dita: o futebol brasileiro precisa de sérios cuidados. Não é de hoje que os problemas se somam aos montes na gestão do maior esporte do país, com fracassos que se sucedem e se superam. O problema passa por má gerência e tomada de decisão. O que se vê é um time sem o DNA do Brasil, quase um reflexo da temporada da seleção principal. A camisa amarela, pentacampeã mundial, deve ser mais cuidada e respeitada, com urgência. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisa rever suas escolhas e planejamento, até porque, em 2026 já temos Copa do Mundo e nossa atual situação é alarmante.