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Uso do Pix para compras aumenta 68% no Estado

Segmento de educação apresentou o maior destaque / Foto: Freepik.com

 

A utilização do Pix para o pagamento de bens e serviços em Minas Gerais cresceu 68% em 2023, enquanto o valor total transacionado aumentou 37%, com um ticket médio de R$ 379. O segmento que teve maior alta no número de transações foi o de educação (58%), seguido de atacadistas (53%), cultura, esporte e lazer (46%) e turismo (19%).

Já o setor que teve a maior representatividade nas transações, considerando crédito e Pix, foi o de alimentação (que inclui restaurantes, lanchonetes, padarias, entre outros), com 28% do total. Ele é seguido de mercados, com 18% de share; cultura, esporte e lazer, com 7%; postos de combustíveis, com 7%; e drogarias e cosméticos, também com 7%. O turismo esteve aquecido em 2023, com alta de 32% no valor total gasto e de 18% na quantidade de transações, o ticket médio foi de R$ 1.044. O estudo foi elaborado pelo Itaú Unibanco.

O economista Ricardo Paixão afirma que o turismo foi dinamizado pelo Pix. “O turista usava o cartão de crédito em suas viagens, contudo, essa ferramenta exerce uma ilusão monetária e a pessoa costuma ficar sem noção do quanto está gastando. A compra é paga à vista no Pix, na maioria das vezes, e controlar as contas é a principal vantagem da modalidade. Isso causou uma dinâmica maior e melhor para a categoria”.

Para Paixão, a tecnologia do Pix possibilita atender os principais desejos do consumidor, que é a segurança e a celeridade nas transações comerciais. “É extremamente relevante, porque a nossa economia tem uma tendência de avançar via consumo das famílias. As transações sozinhas não vão fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 5 ou 6%, porém, contribuem com outros fatores”.

Ele ainda pontua a agilidade que a ferramenta, desenvolvida pelo Banco Central, traz nas transações comerciais. “A gente faz um pagamento por meio do Pix, de forma on-line e sem custos, bem diferente das modalidades existentes, como o DOC, que tinha que esperar de 24 a 48 horas para ser creditado na conta. O Pix trouxe celeridade, e é o que a sociedade do século 21 quer, em todos os processos, principalmente nas relações comerciais”.

 

Dados nacionais

No Brasil, o uso do Pix praticamente dobrou, e houve aumento de 99% nas compras utilizando a modalidade no ano, enquanto o valor total transacionado cresceu 55%, com um ticket médio de R$ 313. O segmento que teve maior alta no número de transações foi o de profissionais autônomos (que inclui diversos tipos de prestadores de serviços), com crescimento de 36%; seguido de cultura, esporte e lazer, com avanço de 24%. Educação aparece em seguida, com 23%; e locomoção e transporte, com 21%.

Alimentação foi o setor que mais teve transações no país, com 26% do total. Seguido por mercados, com 16% de share; locomoção e transporte, com 8%; postos de combustível, com 7%; profissionais autônomos, com 7%; e drogaria e cosméticos, com 6%. O turismo registrou alta de 28% no valor total gasto e 16% na quantidade de transações.

 

Popularização

Paixão destaca o crescimento do Pix, contudo, não acredita que a ferramenta esteja inserida em todas as camadas da sociedade. “Ainda existem alguns obstáculos para chegar na população mais humilde que não tem acesso à internet, conexão de qualidade ou um aparelho moderno. O Pix está muito mais acessível para as classes sociais com padrão aquisitivo. A ferramenta realmente está impregnada na nossa sociedade, mas ainda não está 100% popularizada”, conclui.