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Especialista enumera os motivos para não investir na poupança

Maior retirada nas contas é registrada pelo terceiro ano consecutivo – Foto: José Cruz/Agência Brasil

Apesar de encerrar o ano de 2023 com R$ 13,7 bilhões em depósitos líquidos, as retiradas nas cadernetas de poupança foram R$ 87,7 bilhões a mais em relação às entradas, segundo o Banco Central. Atualmente, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês.

O analista de investimentos, Ivan Eugênio, explica que a rentabilidade da poupança é historicamente baixa e muitas vezes não consegue superar a taxa de inflação.

“Isso significa que, ao deixar o dinheiro na poupança, a pessoa pode estar perdendo poder de compra ao longo do tempo. Investir em opções mais rentáveis protege seu dinheiro da desvalorização causada pela inflação”, pontua o analista, listando os cinco motivos para repensar na ideia de investir em cadernetas de poupança.

Baixa rentabilidade frente a outros investimentos: “Há vários produtos financeiros que oferecem rendimentos superiores à poupança, como CDBs, Tesouro Direto e fundos de investimento. Ao apostar nessas opções, o investidor tem a chance de aumentar seus ganhos, acelerando o crescimento do seu patrimônio”, explica.

Não tem rendimento diário: O analista de investimentos ressalta que os juros só incidem em cima do valor aplicado após um mês. “Não é nada vantajoso para quem vai movimentar o dinheiro em curto prazo. Se você sacar o valor 29 dias depois de aplicado, não terá nenhum ganho com essa movimentação”.

Há opções melhores isentas de imposto de renda: “Aplicações como Tesouro e CDBs, são investimentos que rendem mais que a poupança, embora tenham incidência do imposto de renda. E, mesmo assim, se o investidor fizer questão de um investimento isento de imposto, há outras opções, como a renda fixa LCI ou LCA”, diz o analista.

Baixa diversificação: “A diversificação permite colocar seu patrimônio em diversos tipos de investimentos, em busca de retorno e riscos diversos. Ao promover uma diversificação coerente com o seu perfil, o investidor alcança retornos maiores que a poupança, ainda que invista em títulos em que haja incidência de imposto de renda”.

Limite do FGC: “A segurança da poupança está atrelada ao Fundo Garantidor de Crédito, no entanto, é imperativo observarmos que essa proteção tem o limite de R$ 250 mil por CPF e instituição financeira, o que muitos investidores ignoram”. Para Ivan Eugênio, considerar diversas opções de investimento antes de tomar uma decisão é a melhor estratégia. “Embora a poupança seja conhecida pela sua simplicidade e segurança, explorar outras alternativas pode levar a ganhos mais expressivos e à proteção do seu poder de compra ao longo do tempo. Consultar um profissional financeiro pode ser o primeiro passo para encontrar o caminho mais adequado às suas metas e perfil de investidor”.