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Abertura dos portos

As exportações brasileiras na economia têm, tradicionalmente, uma grande relevância. Quando Dom João VI decretou a abertura dos portos, o Brasil se livrou da dependência colonial em relação a Portugal, que até então tinha a exclusividade de compra de nossa produção.

Antes, nos anos 1700, a mineração teve o seu ciclo com participação fundamental nas exportações, especialmente em Minas Gerais. Foram anos nos quais nossas cidades históricas, como Ouro Preto, Mariana, Sabará, São João del-Rei, Diamantina e Paracatu mais se desenvolveram. A Estrada Real, as trilhas, os Bandeirantes, as fazendas para alimentar os escravos e a vinda de estrangeiros são marcos desta verdadeira epopeia.

Durante o período do Império tivemos grande desenvolvimento sob o comando de Dom Pedro II (pouco reconhecido na história), com os investimentos do Visconde de Mauá e tantos outros brasileiros ilustres. Os financiamentos ingleses possibilitaram a construção de estradas de ferro e o crescimento do país com a exportação sempre presente.

A pecuária e a produção agrícola continuaram seguindo a trilha aberta pela cana-de-açúcar e a exploração da borracha, acrescidas do cultivo do café que lastreavam nossos empréstimos e acesso a produtos industrializados. Após a Proclamação da República, a chamada “Política Café com Leite” colocou Minas Gerais e São Paulo na liderança nacional.

Com Juscelino Kubitschek, o Brasil se mostrou ao mundo e buscou liderar a América Latina se industrializando. JK abriu as fronteiras internas rumo ao interior do país e vivendo uma democracia plena.

Já no período militar vivemos nova arrancada com o “Pro-Álcool” e a conquista do Cerrado com dois mineiros, Aureliano Chaves e Alysson Paolinelli, respectivamente.

Na época mais recente, após a verdadeira revolução econômica que foi o Plano Real, as atenções mundiais se voltaram novamente para o Brasil. Aqui em Minas procuramos criar condições que garantissem o desenvolvimento e, entre as providências relevantes para fomentar a exportação, criamos o Aeroporto Industrial de Confins e ampliamos o número de Portos Secos de 2 (Belo Horizonte e Varginha) para 5 (acrescentando Uberaba, Uberlândia e Juiz de Fora). Outros são necessários, como Montes Claros e Ipatinga, defendidas e necessárias há mais de 25 anos. Urge a ação de nossas classes produtoras e de nossos representantes.

Recebemos em um curto período de 4 anos a visita de 5 dirigentes internacionais: o imperador do Japão; os presidentes de Portugal, Líbano e Paraguai; o arquiduque de Luxemburgo, além de embaixadores e presidentes de grandes empresas, como a Fiat e a Mercedes Benz, sempre participando de encontros no histórico Palácio da Liberdade.

Minas continua liderando nossa balança comercial com grande participação nas exportações de minérios, produtos siderúrgicos e agropastoris. Precisamos de uma nova “Abertura dos Portos” que diversifique nossa economia e crie novos empregos.