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Busca por mamografia tem alta de 35% em 2023

Mulheres acima dos 40 anos devem fazer o exame anualmente – Foto: Freepik.com

Segundo uma pesquisa do laboratório Hermes Pardini/Grupo Fleury, mais mulheres com até 40 anos de idade estão buscando fazer a mamografia. De 2020 para 2021, houve alta de 25%. Em 2022, o avanço foi de 9,2% em relação ao ano anterior. Já em 2023, até o mês de agosto, o aumento foi de 35% frente ao mesmo período do ano passado.

A mastologista Fernanda Miranda diz que todas as mulheres com 40 anos ou mais devem procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizarem o exame clínico das mamas anualmente. “Entre 50 e 69 anos precisam fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O sintoma mais fácil de ser percebido é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama costuma ficar avermelhada e haver descamação do mamilo. Também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, sendo importante consultar um profissional de saúde”.

Ela conta que quando tratados precocemente, a maioria dos casos apresentam bom prognóstico e as chances de cura chegam até 95%. “Mesmo após o término do tratamento, é muito importante que pacientes que tiveram o diagnóstico positivo para a doença intensifiquem os cuidados e mantenham os exames de rotina de acordo com a recomendação médica”.

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Ele é o resultante de uma disfunção celular que faz determinadas células do nosso corpo crescerem e se multiplicarem desordenadamente, formando um tumor. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2023/2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres.

A taxa de mortalidade pela doença, ajustada por idade pela população mundial, foi 11,71 óbitos a cada 100 mil mulheres, em 2021. Por isso, a campanha “Outubro Rosa” é uma forma de conscientizar sobre a importância das medidas de prevenção, facilitando um diagnóstico precoce e a cura.

Fernanda revela que o tratamento depende do tipo de tumor e também do estágio de desenvolvimento da doença. “É definido por meio de exames anatomopatológicos, que avaliam macro e microscopicamente as células e tecidos da mama. Podem variar entre quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, terapia alvo, e quando necessário, as cirurgias de retirada parcial ou completa da mama (quadrantectomia e mastectomia, respectivamente)”.

A médica explica que não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo excessivo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante. “Aconselho as pacientes a terem uma alimentação saudável e equilibrada, praticar atividades físicas e não fumar. Essas dicas ajudam na prevenção de várias doenças, inclusive o câncer”, finaliza.

Durante o mês de outubro, o Instituto Mário Penna, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, oferecerá 2 mil mamografias gratuitas para mulheres entre 50 e 69 anos. As interessadas na ação devem residir na capital e não ter realizado o exame nos dois últimos anos. Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone (31) 3349-1212, de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h.