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Equipe celeste é a segunda pior mandante do Brasileirão

Foto: Staff Images/Cruzeiro

 

“Aproveitar o nosso mando de campo e o apoio da torcida para fazer os três pontos”. Essa frase, muitas vezes ditas por jogadores às vésperas de um jogo em casa, para o torcedor do Cruzeiro não tem sido garantia de vitórias. Até a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, a equipe celeste fez 12 jogos, venceu três, empatou quatro e perdeu cinco. Aproveitamento de 36,1%, melhor apenas que o Coritiba, lanterna da série A.

Para o jornalista Lucas Marques, que cobre o dia a dia do time, um dos fatores que contribuíram para o baixo desempenho sob os seus domínios foram as mudanças de estádio. “Só nesse campeonato, a equipe jogou no Mineirão, Independência, Parque do Sabiá, em Uberlândia e na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O fato de não ter um estádio fixo não faz o time ter uma afinidade com o gramado e a atmosfera criada pelo torcedor. O Independência foi o que chegou mais próximo disso nesta temporada, mas a não continuidade no estádio e os resultados após a mudança para o Mineirão, demonstram o quanto foi prejudicial para o time”.

Outro fator apontado pelo jornalista é a falta de confiança dos jogadores, principalmente no campo de ataque. “Em todas as partidas em casa, falta capricho na tomada de decisão. Talvez, o nervosismo por não ver a bola na rede tenha sido o ponto principal para essa série de erros, seja no chute ao gol ou no último passe. Ser mais inteligente frente ao gol pode fazer o clube finalmente chegar às vitórias diante do seu torcedor”.

Ainda restam 7 partidas para o Cruzeiro em casa e a primeira oportunidade de melhorar o seu retrospecto em casa, nessa reta final de Brasileirão, será no dia 1º de outubro no clássico contra o América, pela 25ª rodada.

Para Marques, o primeiro passo para melhorar a campanha em casa é fixar em um estádio e isso já foi feito com o anúncio de que o Cruzeiro jogará as partidas restantes no Mineirão. “Se a partir do clássico houver uma melhora na tomada de decisão, a equipe poderá terminar a série A em uma boa colocação. Caso o time apresentar uma melhora nas finalizações e os gols saírem, os jogadores entrarão com mais confiança e isso pode ajudar na evolução da equipe em casa”.

 

Novo técnico

A equipe agora está sob novo comando, o técnico Zé Ricardo substitui Pepa, demitido após partida contra o Grêmio no final de agosto. Marques lembra que o nome do treinador não agradou a torcida e que a chegada dele sinaliza uma falta de planejamento por parte da diretoria.

“Erraram em manter Paulo Pezzolano durante o Campeonato Mineiro, mesmo sabendo que ele não desejava permanecer no cargo, e erraram de novo em demitir o Pepa sem ter outra pessoa para substituir. Talvez, para o momento, o novo técnico consiga entregar algo em curto prazo e que seja suficiente para se manter na série A. Em longo prazo, essa troca pode ser preocupante, pois faltou convicção e planejamento”, afirma o jornalista.

 

Comparação com os rivais

Enquanto o Cruzeiro tem patinado para obter vitórias sob os seus domínios, o Atlético conseguiu vencer cinco jogos em Belo Horizonte, empatou três e perdeu outras três. Já o América, atualmente na zona de rebaixamento, alcançou cinco triunfos, empatou um jogo e saiu derrotado em cinco, sem considerar os confrontos contra Red Bull Bragantino e Vasco.