A Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (CineBH) já tem data marcada. O grande evento chega à sua 17ª edição de 26 de setembro a 1º de outubro de 2023, e neste ano, ocupará 8 espaços da cidade: Fundação Clóvis Salgado, Casa da Mostra, Cine Santa Tereza, Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil Vallourec, Teatro Sesiminas, Salas de Cinema Minas Tênis Clube e Praça da Liberdade. São seis dias de programação intensa, abrangente e gratuita para todas as idades e públicos.

Uma temporada audiovisual de formação, reflexão, exibição e difusão do cinema brasileiro em intercâmbio com outros países, em conexão com as outras artes e em diálogo com a cidade de Belo Horizonte. Um espaço de formação, trocas, lançamento e discussão da produção cinematográfica atual.

A 17ª Mostra CineBH reúne uma seleção de mais de 90 filmes nacionais e internacionais, em pré-estreias e mostras temáticas. Coloca profissionais do audiovisual, da cultura e convidados no centro de mais de 20 debates, rodas de conversa e sessões comentadas. Investe na formação e capacitação de profissionais com a oferta de 10 modalidades de cursos: oficinas, laboratórios de roteiros, workshops e masterclasses internacionais. Realiza sessões cine-escola, Mostrinha de Cinema, exposições e atrações artísticas.

A Mostra continua no propósito de se firmar como espaço de reflexão e exibição do cinema latino-americano e traz, em 2023, como temática central: Territórios da Latinidade, e lança como novidade desta edição, a introdução de uma mostra competitiva – a Mostra Território que reúne oito longas latino-americanos de realizadores em início de carreira. A curadoria deste ano tem coordenação-geral de Cléber Eduardo e equipe curatorial formada por Ester Fér, Leonardo Amaral, Marcelo Miranda, Tatiana Carvalho Costa.

“Latinidade é diversidade com pontos em comum, mesmo dominadores, aos quais cada povo reage com suas estratégias e afirmações. A América Latina, antes de ser uma extensão espacial, com suas paisagens diversas, é um território composto de várias fronteiras muitas vezes invisíveis, cada qual com suas dinâmicas próprias, com seus próprios elementos, símbolos e materialidades dos quais são constituídos”, ressalta Cléber Eduardo.

Mais que um espaço de exibição, o objetivo é ser uma ponte de conexões, debates, reflexões e aproximação com os países da América Latina, colocando-os em contato direto com diversos olhares que poderão constatar a efervescência da produção que marca o território. No caso do recorte da CineBH, segundo a curadoria, os filmes carregam uma relação direta entre os territórios da encenação e os personagens mostrados.

“Com recorte histórico ou abordagem mítica, expondo a condição de uma única pessoa ou de um grupo, essa relação é constante. Não se trata de um cinema que está vinculado somente à terra ou às paisagens, mas também de um cinema vinculado ao modo de habitação e de apropriação desta terra”, destaca Cléber.

A professora de cinema e televisão, Clara Miranda, afirma que a cada edição, a Mostra renova o compromisso de estabelecer parcerias produtivas a favor do cinema brasileiro, criando oportunidades de negócios, de inserção de projetos e profissionais brasileiros em eventos de mercado e festivais internacionais. “Busca fortalecer a promoção do fomento ao empreendedorismo, criar oportunidades de negócios, além de reunir a cadeia produtiva do audiovisual em uma programação abrangente e gratuita. Também promove a ampliação da rede de contatos e oportunidades entre profissionais brasileiros e representantes da indústria nacional e estrangeira”.

Para Clara, o evento marca um tempo sublime de ideias, encontros, críticas e discussões. “Iniciativas que contribuem positivamente para aproximar povos e continentes, estabelecer o diálogo entre as culturas e ampliar possibilidades de inserção do cinema brasileiro no mercado global”, conclui.