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Da festa e da bola

No dia 27 de agosto, aconteceu a concretização do grande sonho do atleticano. A inauguração oficial da Arena MRV, também conhecida como a casa do Galo. Uma obra imensa, imponente, bonita e moderna. Um novo cartão-postal para valorizar e divulgar ainda mais a nossa Belo Horizonte. E não é só mais um estádio de futebol. É uma arena multiuso, com estrutura para atender eventos esportivos, artísticos, culturais e muito mais.

A festa de inauguração foi repleta de atrações. Começou na noite de sábado com um espetáculo pirotécnico, comemorando também a oficialização pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) do título de campeão brasileiro de 1937. No domingo, o agito começou bem cedo. Milhares de torcedores de todos os lugares tomaram conta do entorno da arena, cantando, pulando, gritando, dançando, agitando bandeiras, comendo e bebendo.

A hora foi passando e a festa só crescendo. A cada momento a imprensa registrava a chegada de artistas, ex-jogadores e convidados. Uma multidão tomando conta de todos os espaços. Lá dentro, uma equipe enorme tomava as últimas providências, acertando os detalhes, tudo em uma correria impressionante. Festa de inauguração não é coisa fácil, ainda mais para cerca de 40 mil pessoas.

O momento principal do evento era o futebol. A bola rolando. A estreia do Galo na sua casa, jogando contra o famoso time do Santos, do saudoso Pelé. Partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Um pouco antes, com total apoio e parceria da Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE), o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, recebeu alguns cronistas esportivos da velha guarda, profissionais que acompanharam o dia a dia do Galo nos anos 1950, 1960, 1970 e 1980 para uma justa e merecida homenagem.

Receberam um importante diploma e uma camisa oficial os seguintes cronistas: Assad Almeida, Ronan Ramos, Roberto Abras, Sílvio Scalioni, Clésio Giovani, Sergio Augusto Carvalho, Roberto Nery, Arnaldo Viana, Agostinho dos Santos, Afonso Alberto e Silas Scalioni. Nos próximos jogos, outros cronistas esportivos, tanto da capital, como do interior, também serão homenageados.

A festa seguiu forte. O Galo ganhou e a torcida continuou festejando por todos os cantos. Que a nova e espetacular Arena traga belas vitórias e grandes títulos para o Clube Atlético Mineiro. Parabéns aos benfeitores e empreendedores, Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Rafael Salvador. Parabéns ao grande presidente Sérgio Coelho, sua diretoria e funcionários. Parabéns a valorosa massa torcedora do Clube.

A inauguração desta maravilhosa Arena, certamente vai mexer com os brios de outros times e administração de estádios. O Mineirão deve melhorar ainda mais as suas instalações e serviços. O Independência e várias praças de esportes pelo interior também vão precisar de investimentos.

Mudando um pouco o rumo da prosa, vamos tentar analisar um pouco o que rola no futebol mineiro dentro do gramado. Na série A, o Atlético ainda está muito irregular. O Cruzeiro não se acerta e o América rola de ponta cabeça morro abaixo. Na série B, o Tombense sofre e ocupa o 18º lugar. Na série C, o Pouso Alegre já despencou. A boa surpresa é o Athletic de São João del-Rei. Virou Sociedade Anônima do Futebol (SAF), deu um salto de qualidade e disputa a série D, com alta possibilidade de subir para a série C.

Em termos regionais já temos os dois representantes para o módulo I do ano que vem. O novato Itabirito e o tradicional Uberlândia. No momento acontece a disputa da segunda divisão. 17 times, divididos em 4 grupos, lutam para subir o degrau. Alguns times já participaram da elite do nosso futebol: América de Teófilo Otoni, Valério de Itabira, Guarani de Divinópolis, Nacional de Uberaba e Mamoré de Patos de Minas.

Inaugurar Arena é sempre bom e importante, mas nossos times estão devendo um futebol mais vistoso, com mais qualidade. Mais ganhador de títulos.