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Cesta básica consome metade do salário mínimo em Belo Horizonte

Tomate foi o item que registrou a maior alta em julho – Foto: Freepik.com

 

A cesta básica ficou mais cara em Belo Horizonte. Segundo levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no mês de julho, o valor da cesta básica com 13 itens custou R$ 692,88, representando 52,5% do salário mínimo, que hoje é de R$ 1.320.

O preço no mês é 1,47% maior comparado com junho, quando o valor da cesta foi de R$ 682,82 e de 1,97% mais alto frente ao mesmo período de 2022, quando a soma dos itens foi de R$ 679,49. Já no acumulado em 2023, a cesta básica está 2,61% menor do que de janeiro a julho do ano passado.

Segundo o economista da Fundação Ipead, Diogo Santos, o aumento do valor da cesta básica se deu principalmente pela alta do tomate e banana caturra, que ficaram, respectivamente, 12,72% e 11,39% mais caros. Também encareceram a farinha de trigo (2,71%), óleo de soja (0,72%), açúcar cristal (0,67%) e carne (0,78%). “Os reajustes se deram devido a movimentos normais de oferta e demanda em cada um dos mercados desses itens”.

Por outro lado, registraram queda em julho a batata inglesa (7,37%), feijão carioca (4,25%), manteiga (1,62%), pão francês (0,4%), leite (0,71%), café moído (1,75%) e arroz (1,73%). “As reduções ocorreram devido a fatores específicos que alteram a oferta desses produtos, assim como a estabilização dos custos de transporte por conta da interrupção dos aumentos frequentes dos combustíveis”, explica Santos.

Para os próximos meses, a visão do economista do Ipead é que o valor da cesta básica continuará estável. “As safras recordes de produtos, como soja e milho, também permitem esperar uma maior estabilidade dos itens derivados e aqueles que sofrem impacto indireto, como carne de aves”.