Pela primeira vez de forma presencial, o Festival “Salve Orixás” vai acontecer nos dias 5, 6 e 7 de maio, no Teatro Francisco Nunes, dentro do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, em Belo Horizonte. A segunda edição do evento tem por objetivo fomentar o diálogo entre a arte e a educação para difundir conhecimento por meio da música. Os ingressos custam a partir de R$ 20, a inteira e R$ 10, a meia-entrada, e podem ser adquiridos via Sympla.
Na programação, que abrange apresentações musicais e debates, já estão confirmados nomes de artistas da cena cultural afro-brasileira e indígena, como a brasiliense Nãnan Matos; os baianos Edivan Fulni-ô e Ester de Oxum; e os mineiros Elisa de Sena e Moisés Pescador. Além disso, como atração internacional, a presença do senegalês Mamour Ba.
Segundo a organização, o festival é um convite para todos,em especial direcionado para crianças, jovens e adultos, que se interessam por música popular brasileira e novos artistas. “Com cunho artístico e cultural, mas não somente, apresentações e rodas de conversa se propõem a fomentar discussões de como a arte pode minimizar os impactos gerados pelo racismo remanescente dos tempos da escravidão”.
Os três dias de programação serão compostos pelos artistas da primeira edição. Abrindo os trabalhos, no dia 5 de maio, a partir das 19h, com apresentações de Nãnan Matos e Edivan Fulni-ô, além de uma performance artística de Ester de Oxum. Já no dia 6 de maio, às 16h, haverá uma roda de conversa com todos os artistas que participam do evento; no mesmo dia, às 19h, Elisa de Sena e Moisés Pescador se apresentam. No último dia, 7 de maio, também às 19h, será a vez das turmas de percussão e canto do Centro Interescolar de Cultura, Arte, Linguagens e Tecnologias (Cicalt); e em seguida, para fechar o festival, o show de Mamour Ba (Senegal).
O evento pretende contar não apenas com o público em geral, mas também com a presença de estudantes de escolas públicas, a fim de cumprir duas leis que regulamentam o ensino das culturas afro-brasileira e indígena no currículo escolar. O espaço que vai receber a segunda edição do “Salve Orixás”, o Teatro Francisco Nunes, é acessível para pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência. Além disso, as apresentações contarão com intérpretes de Libras.
O festival
Realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, o “Salve Orixás” deriva de uma proposta inicialmente executada pelo cantor e compositor Moisés Pescador. O artista e idealizador realizou, em 2017, um show de mesmo nome. A primeira edição do evento, ocorrida em dezembro de 2021, aconteceu de forma virtual, por meio da Lei Emergencial Aldir Blanc.
Moisés Pescador explica a importância do festival para a sociedade. “É a gente pensar em outras maneiras de difundir o conhecimento das culturas africanas, afro-brasileiras, indígena e populares, por meio da arte. É criardiálogos com artistas, instituições de ensino e culturais para que possamos elaborar planos, ações e políticas públicas, que venham atingir esse objetivo”.
Ele pontua que o principal intuito é fazer uma conexão entre escola, cultura e teatro. “Por isso, vamos trabalhar com acessibilidade nos nossos projetos e oferecer 20% de gratuidade para os estudantes de instituições públicas. O objetivo é criar uma sociedade mais plural, mediante a difusão da cultura, da arte e do conhecimento. É mais uma ação contra o racismo estrutural, a intolerância religiosa e qualquer tipo de preconceito. O festival é diverso, não só no palco, mas em toda a sua estrutura e equipe”, finaliza.
Serviço
Festival “Salve Orixás”
Local: Teatro Francisco Nunes – Av. Afonso Pena, 1.321, Centro, Belo Horizonte
Ingressos: Sympla
Informações: Instagram: @festivalsalveorixas e no site: www.salveorixas.com.br