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Fuad Noman deve se unir à esquerda na sucessão de 2024

Prefeito de BH continua filiado ao PSD – Foto: Cláudio Rabelo

Conquistar votos de cerca de dois milhões de eleitores de Belo Horizonte não é uma tarefa fácil. Por conta desta realidade, os pretendentes ao cargo de prefeito da cidade estão começando a se movimentar. Recentemente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) esteve na capital mineira e elevou o grau da temperatura sobre o assunto. Ele fez contato com o seu colega de partido, o deputado federal Nikolas Ferreira, sinalizando a preferência da família Bolsonaro em relação ao nome do político para compor a imensa lista de interessados.

Longe de ser uma visita de conciliação, a presença de Eduardo Bolsonaro por aqui só fez aumentar a fissura política entre os parlamentares Nikolas Ferreira e Bruno Engler (PL). Este último foi o mais votado da história de Minas Gerais, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Agora, ele está trabalhando para viabilizar sua pré-candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte.

PT com Fuad?

Por enquanto as conversas relacionadas à sucessão em Belo Horizonte acontecem apenas no espaço cênico. Mas, diante dos blocos e agrupamentos que começam a ser emoldurados, muito provavelmente, restará ao atual chefe do Executivo Fuad Noman (PSD) a alternativa de se aliar ao PT e outros partidos de esquerda, como o PDT, cuja estrela é a deputada federal Duda Salabert. Também poderia sentar-se com o prefeito de BH, para uma conversa, o ex-vice-governador Paulo Brant, novo presidente do PSB municipal.

Nota-se uma enorme fenda entre nomes que no ano passado estiveram com o projeto de Bolsonaro presidente. A começar pelo afastamento entre Nikolas Ferreira e Bruno Engler. Depois, vem o senador Carlos Viana (Podemos). Acrescenta-se a essa lista o presidente do PP, Marcelo Aro, pois ele, quando vai a Brasília tratar de temas relevantes, sempre deixa no ar a sua aspiração em participar da peleja.

Dois itens relacionados ao assunto devem ser levados a efeito. O primeiro diz respeito à aproximação do senador Viana ao ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), informação que já circula com imensa desenvoltura, especialmente na sala ao lado do gabinete do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Segundo tema são as primeiras pesquisas de sondagem, indicando enorme rejeição do eleitor belo-horizontino em relação ao possível candidato Viana.

Outrossim, não se sabe como ocorrerá a atuação do governador Romeu Zema (Novo) nos bastidores das discussões relativas ao pleito de 2024. Até porque, também é desconhecida a sua capacidade de influenciar no contingente eleitoral de Belo Horizonte.