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Minas Gerais registrou o segundo maior saldo de empregos no país

Foram gerados 26.983 postos de trabalhos / Gil Leonardi / Imprensa MG

 

Minas Gerais ocupou a segunda posição do ranking das unidades da federação com maior saldo de empregos, ficando atrás apenas de São Paulo, que gerou 65.356 vagas. O estado mineiro registrou 26.983 postos de trabalho em fevereiro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse é o resultado de 216.617 admissões contra 189.634 desligamentos.

O economista Gustavo Aguiar explica que esse saldo ficou acima do esperado para o mês. “O resultado de fevereiro superou a expectativa, tanto no país como no estado. A previsão é que o total para o Brasil, este ano, seja de aproximadamente 500 mil vagas de empregos formais. Só em Minas Gerais foram gerados quase 27 mil postos e o número somado com janeiro também é bastante positivo”.

No comparativo com o mesmo período do ano passado, foram registrados 38.251 empregos formais. E no acumulado deste ano, a geração de postos de trabalho totaliza 25.164 vagas, resultado de 413.764 admissões e 388.600 desligamentos. O setor que liderou a criação de novos empregos foi o de serviços (16.539), seguido de indústria (6 mil), agropecuária (3.363) e construção (2.558). O comércio teve desempenho negativo (-1.477).

Aguiar destaca que esse cenário positivo para os setores de serviços e indústria na geração de emprego, tanto em Minas como no Brasil, está muito relacionado à retomada da economia. “Isso também é motivado pela demanda externa, de produtos produzidos aqui no estado, como o minério e seus derivados e da agropecuária. Já o setor de comércio, até fevereiro, teve uma redução no número de empregos, após o aquecimento da economia do fim do ano. Com a perspectiva de menor crescimento econômico nesse ano, é natural que esse resultado para o mês seja negativo”.

Ele ressalta ainda que tudo indica que haverá uma manutenção do saldo positivo de emprego para os próximos meses. “No entanto, esse resultado será menor em comparação com 2022, devido ao déficit fiscal freando os gastos do governo e a taxa de juros básica da economia alta, o que diminui o consumo das famílias. Esses juros elevados vão impactar o crescimento da economia e, consequentemente, a geração de empregos em 2023. Contudo, a previsão ainda é de um saldo positivo para o ano”.