O setor de beleza tem se mostrado resistente e passado quase ileso pela crise econômica e sanitária. É um ramo promissor e crescente no Brasil. Segundo o Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, entre 2020 e 2022, mais de 343 mil salões de beleza foram abertos no país que, atualmente, ocupa o quarto lugar dos maiores mercados consumidores do mundo nessa área, que tem seu fronte composto por profissionais, como cabeleireiros, manicures e pedicures.
Apesar de a pandemia de COVID-19 ter causado uma leve queda no número de registros desses negócios, o segmento ainda está entre os três que mais abrem empresas, atrás apenas do comércio varejista de vestuários e promoção de vendas. Ainda conforme dados do Ministérios da Economia, o setor de salões de beleza é o segundo maior em quantidade de empreendimentos ativos por todo o território nacional, somando mais de 790 mil estabelecimentos.
Com a expansão do mercado de beleza, a psicóloga Fabiana Amaral deixou de lado a profissão em que é graduada e decidiu investir em um salão. “No início não foi nada fácil, precisei pegar empréstimo para poder comprar todo o equipamento e material necessário. Montei o salão na garagem de casa, porque além de meu bairro ser próximo do centro comercial, não precisei gastar com aluguel”.
Ela diz que quando começou, a parte mais difícil foi conquistar a clientela. “Há 3 anos, quando abri o salão, eu atendia poucas pessoas, uma média de duas a três por semana. Hoje, atendo cerca de 25 clientes por dia”, conta.
A empresária afirma que buscou diversos cursos profissionalizantes. “Na época fiz cursos de corte, maquiagem e penteado feminino. Essas são as minhas especialidades. Ainda empreguei mais três funcionários para fazer serviços de cabeleireiro, depilação e manicure”.
Segundo Fabiana, um dos maiores fatores que a fizeram investir no empreendimento é o retorno financeiro. “O salão me dá uma renda líquida de cerca de R$ 6 mil por mês”.
Profissionalização
De acordo com a assessoria do Sebrae, neste segmento, além do profissional estar sempre bem informado sobre novos produtos e serviços, também deve ser capacitado para aplicar novas técnicas. “A maior dificuldade do setor não está na concorrência, mas na falta de mão de obra qualificada. Considerando que beleza é algo bem especial e por depender de um atendimento altamente personalizado, a demanda por trabalhadores nesse mercado é alta”.
“Assim, os espaços de beleza devem investir em cursos, treinamentos e melhoria da qualificação profissional, pois isso traz mais valor, reconhecimento e ganhos. Os negócios e os profissionais da área precisam apostar sempre no bom atendimento, na gestão e na capacitação, assim como estar sempre atentos e ter uma preocupação constante com a qualidade dos serviços e produtos utilizados”, conclui a assessoria.