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Mercado de produtos usados ganha força durante a crise econômica

Consumidores passaram a dar mais atenção para produtos de segunda mão como forma de economizar / Foto: Divulgação/Internet

Não é novidade que a internet fez com que novos hábitos de consumo surgissem. Ela é uma importante ferramenta na busca de promoções e ofertas de produtos novos. No entanto, com o atual cenário econômico do país, os brasileiros estão preferindo a aquisição de itens seminovos por ser uma oportunidade de economizar. Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil apontam que 33% dos consumidores compraram algum artigo de segunda mão pela web.

De acordo com a pesquisa, 62% deles costumam verificar a possibilidade de comprar um item usado antes de um novo. Dentre as principais buscas estão os celulares/smartphones (20%), carro/moto (19%), livros (17%) e eletrodomésticos (17%).

Para o especialista em educação financeira Felipe Borges, o mercado de seminovos e usados tem avançado devido às incertezas econômicas. “É uma forma encontrada pelos brasileiros para comprar com melhor custo benefício. Muitas vezes, apesar do item estar usado, ainda tem qualidade e serve para uso de outras pessoas. Também pode ser uma saída para gerar renda extra com a venda de artigos que estavam parados em casa”, afirma.

A estudante Rafaella Pereira tem o hábito de adquirir livros de segunda mão. “Todo mês eu compro pelo menos dois volumes. Prefiro esses do que os novos, até porque não vejo muita diferença física. Apesar de ser um produto usado, todos estão em bom estado de conservação. Acredito que o medo de muita gente é adquirir e vim rasgado ou faltando páginas. Confesso que nunca tive problemas quanto a isso, sem falar na economia. Enquanto um exemplar novo custa R$ 60, por exemplo, um usado pode sair até por menos da metade do preço”, explica.

Cuidado nas compras

O advogado especialista em Direito do Consumidor Gabriel Silva reforça alguns cuidados que devem ser tomados durante uma compra pela internet. “Prefira utilizar sites conhecidos que fazem o intermédio da negociação. Sempre verifique a existência de um cadeado no canto superior esquerdo. Essas páginas usam criptografia para garantir a segurança dos dados pessoais, como nome, número de cartão, endereço e senhas”, explica.

Entre outras medidas, Silva orienta que os consumidores escolham portais com plataformas de pagamento seguras. “Muitos aceitam pagamentos por boletos bancários ou depósitos em conta. É melhor fazer por meio de um cartão de crédito. Elas fazem uma verificação da loja antes de liberar a transação. Em caso de fraude, será menos complicado recuperar o dinheiro”.

Ele também afirma que as pessoas devem desconfiar de preços muito abaixo da média e registrar os passos da compra. “Grandes descontos podem esconder algum defeito do produto. Sempre questione se o item possui algum problema e faça testes na mercadoria assim que receber. Se possível, peça garantias para poder efetuar a troca. É importante salvar todos os dados durante o processo, seja e-mails ou print da tela, mesmo que o site já armazene essas informações”, finaliza.