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Por mês, gasto médio com pets gira em torno de R$ 189

Quando ouve-se aquela expressão popular “vida de cão”, a maioria das pessoas acham que é algo negativo, porém essa concepção está errada. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

O estudo ouviu 796 consumidores e constatou que 61% dos entrevistados consideram seus pets como membro da família. Por isso, os tutores não poupam dinheiro quando o assunto é bem estar.

Os gastos com animais os de estimação ficam, em média, R$ 189 todos os meses, valor que aumenta para R$ 224 entre os consumidores das classes A e B. Já quem recebe até dois salários mínimos, isso pode representar até 10% da renda familiar.

Além disso, um terço (33%) admite que na hora das compras sempre opta por itens que vão além do básico e 21% nunca deixam de adquirir algo para seus animais por falta de dinheiro. E os mimos para pets não param: 52% comem ração premium, 37% sempre tomam banho em pet shop e 13% fazem tratamentos estéticos com frequência.

Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, ressalta que o mercado de produtos para pets está aquecido. “Há uma mudança tanto dos tutores quanto no setor. Os primeiros estão mais ligados aos animais, já o segundo tem se adaptado e estimulado esse tipo de coisa”.

A convivência com os animais em locais que vão além da residência também é algo priorizado pelos tutores. Seis em cada dez (62%) entrevistados sentem falta de espaços públicos que permitam a permanência de pets com os donos, como restaurantes, lojas, shopping centers etc. Além disso, uma parcela expressiva afirma dar preferência a lugares onde a presença dos animais é permitida (46%).

A economista aponta que alguns setores, como hotelaria e restaurantes, estão tentando se adaptar a essa nova realidade. “Quando falamos em mercado pet não podemos restringir esse conceito apenas à produtos relacionados a eles. Existe um universo muito maior de serviços que são destinados para os animais e tutores”.

Marcela finaliza afirmando que, assim como ter um filho, adquirir um bicho de estimação também requer planejamento financeiro. “É importante que tutores se programem para gerar um conforto para o pet. Não tem problema gastar com animal, mas é essencial se organizar para não ficar endividado ou até mesmo não ter dinheiro quando acontece algum tipo de imprevisto”.

Tudo para pets
A dona de casa Eliane Santos pode ser considerada uma tutora “mão aberta”. Ela tem dois pets Atena e Apolo – dois bulldogs franceses de 10 e 11 meses, respectivamente -. Elianeconta que, por mês, gasta R$ 200 com ração e R$ 50 com ômega 3, porém “os mimos” sempre pesam no orçamento. “Neste mês, comprei R$ 100 em brinquedos, pois eles estavam precisando muito. Fora mais R$ 300 com as caminhas novas”.

Ademais, Eliane ressalta que sempre que possível investe em um acessório novo. “Nunca fiquei endividada por causa disso, mas meu marido pega no meu pé por considerar que gasto muito com eles. Então, às vezes, prefiro não contar”.

Prestes a completar um ano, Atena e Apólo ganharão um festa para comemorar a data. A dona de casa está planejando um aniversário em um parque de Belo Horizonte com o intuito de reunir todos os amigos bulldogs. O tema da comemoração será o time do Cruzeiro e todos os “cãovidados” deverão ir uniformizados. “Não vejo isso como um gasto, mas um investimento no bem estar deles, afinal ninguém pode se queixar da falta de um amigo tendo um cão”.