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E-commerce deve atingir U$ 4,9 trilhões até 2025

 Número de lojas virtuais aumentou em 400% em 2020 / Foto: Pixabay

O e-commerce caiu no gosto das pessoas, principalmente, durante o ápice da pandemia de COVID-19, onde muitas evitavam fazer suas compras em lojas físicas. A facilidade de encontrar e adquirir produtos pela internet e recebê-los em casa fez crescer o mercado on-line. Foram US$ 139 bilhões em 2021 com previsão de chegar a US$ 4,9 trilhões até 2025. É o que aponta um levantamento conduzido pela Magis5, startup que desenvolve soluções para integração com os principais marketplaces e plataformas digitais.

Segundo a pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o número de lojas virtuais aumentou 400% no ano de 2020 e mais de 100 mil lojas físicas migraram para o e-commerce. Em 2021, 88% dos brasileiros optaram por comprar seus produtos on-line, um avanço de 8% em relação ao ano anterior. As expectativas para esse ano também continuam promissoras, mesmo com a inflação e a evolução do Produto Interno Bruto (PIB). A ABComm projeta crescimento para o e-commerce brasileiro em 2022, podendo fechar o ano com uma receita líquida de até R$ 169,5 bilhões.

Além disso, em 2021, o Brasil teve 79,8 milhões de consumidores no comércio eletrônico. A estimativa para 2022 é de que esse número chegue a 83,7 milhões de compradores. Outro indicador importante para a loja virtual é o ticket médio. O levantamento da ABComm projetou crescimento de R$ 450 em 2021 para R$ 460 em 2022.

De acordo com a 4 5 ª edição do Webshoppers, relatório desenvolvido pela NielsenIQ Ebit, as categorias de produtos mais vendidos na internet em 2021 foram: casa e decoração (14%), perfumaria e cosméticos (12%), moda e acessórios (11%), eletrodomésticos (10%), alimentos e bebidas (7%), esporte e lazer (7%), saúde (6%), telefonia (5%), bebês e cia (4%), informática (4%), eletrônicos (3%) e construção e ferramentas (2%).

Conforme o head de marketing, Vinícius Ribeiro, há muitos fatores que impactaram para que o e-commerce crescesse na última década. “A praticidade para realizar compras em um mundo em que necessita de cada vez mais agilidade e onde o consumidor possui pouco tempo para ir às lojas físicas é um deles, além de preços mais baixos, acesso fácil a um arsenal de produtos, etc. Porém, ainda havia o receio de que o comércio eletrônico não fosse seguro. A pandemia fez o comportamento do consumidor mudar e se adaptar às compras on-line”.

Para ele, a principal vantagem desse setor é a amplitude do público e mercado consumidor. “Quando você vende somente no modelo presencial, seu consumidor acaba se restringindo àquele local específico. Por meio do comércio eletrônico, é possível expandir para todo o país e, até mesmo, no exterior. Além disso, existem outras vantagens como a possibilidade de venda 24h por dia, baixo custo de investimento se comparado ao meio tradicional e possibilidade de uma comunicação personalizada e segmentada”.

Ribeiro também aponta que, além de aumentar as vendas no e-commerce durante a crise sanitária, muitos iniciaram suas próprias lojas virtuais a fim de elevar a renda ou até mesmo para ganhar algum dinheiro extra. “Isso fez com que os grandes players investissem ainda mais na melhoria de seus processos logísticos para que os consumidores recebessem seus produtos cada vez mais rápidos. O período também mudou o comportamento dos clientes e os processos operacionais dos marketplaces”.

As projeções para essa modalidade de negócios são altas e indicam um setor em crescimento. “É algo que chegou para ficar. Com a pandemia avançamos de forma acelerada e as empresas de capital aberto tiveram uma supervalorização. A tendência é que as novas tecnologias se misturem e os canais estejam integrados com automação, sejam eles on e off ou até mesmo vários marketplaces e canais de venda em um único lugar”, explica.

A professora Ellen da Silveira conta que, nos últimos 2 anos, só utilizava os comércios eletrônicos, pois mora com a mãe idosa e não podia sair de casa e arriscar se contaminar com o coronavírus. “Eu fazia até mesmo compras de supermercado por aplicativos, porque achava perigoso agora que está mais tranquilo já saio, mas ainda adoro adquirir coisas on-line”.

Ela também resolveu se aventurar na modalidade e vender alguns pertences em plataformas. “Eu anunciei algumas roupas antigas e, até mesmo, objetos aqui de casa que não queria mais, como um sofá. É só tomar cuidado para não cair em um golpe, mas comigo correu tudo bem e consegui fazer as vendas com muita praticidade e rapidez”.