Mineiros e brasileiros, especialmente os que estão mais conectados com o mundo da política, já percebem um clima de campanha eleitoral no ar. E não é para menos, afinal, no fim da semana começa o debate no rádio e na TV, quando os participantes aparecem para o grande público, uma vez que, até agora, apenas a internet serviu de ferramenta para encaminhar os projetos dos postulantes. No que diz respeito à política majoritária, agora estamos em plena safra de promessas mirabolantes. Já os candidatos que buscam reeleição, como é o caso do governador Romeu Zema (Novo), a pressão dos adversários será implacável. O objetivo é comparar os juramentos de 2018 com o que está sendo anunciado este ano.
Compromissos de Zema
Analisando pelo lado positivo da administração de Zema no Palácio Tiradentes, consta a seu favor a decisão de implementar em dia o pagamento dos funcionários públicos, embora muitos críticos do governo estadual lembrem o extraordinário endividamento do estado nos seus compromissos financeiros com o governo federal. Aliás, esse é um tema controverso nos bastidores da Justiça, enquanto não se resolve para que seja autorizado o contestado Regime de Recuperação Fiscal e, assim, se evite a execução da dívida por conta do Poder Central. Em ritmo de campanha, o assunto relacionado às contas em dia tem sido uma bandeira desfraldada pelo governador mineiro. Mas, por outro lado, ele, em muitas ocasiões, é questionado sobre suas realizações mais expressivas e, quase sempre, essas perguntas ficam sem reposta. Segundo levantamentos disponíveis em aplicativos e nas redes sociais, Zema, em sua campanha de 2018, fez 14 promessas, mas poucas teriam sido cumpridas.
Entre as demandas que deixaram de ser atendidas ou foram realizadas parcialmente estão:
– A criação do cartão do estudante para alunos carentes.
– Concessão de recursos para estudantes de baixa renda usarem na aquisição de produtos educacionais.
– Parceria com o setor privado, com a finalidade de complementar o atendimento feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
– Fazer com que os equipamentos de saúde sejam administrados por organizações sociais.
– Implementar prontuário eletrônico e centro de atendimento on-line.
– Implantar centros de saúde conectados a hospitais regionais de maior porte em diversas regiões.
– Adotar o uso de aplicativos em celulares com câmeras acopladas aos coletes dos policiais.
– Interação de cooperativas, associações e consórcios intermunicipais para contratação de segurança privada na área rural.