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Sucessão mineira deverá ter reedição da aliança PT/PMDB

O calendário político mineiro começou quente em 2018. Reuniões e discussões intermináveis circundam os bastidores dos pré-candidatos aos postos majoritários. Mas uma certeza se desenha: o PMDB, o maior partido de Minas, deverá caminhar em parceria com o PT e isso torna o nome do governador Fernando Pimentel (PT) cada vez mais pujante na disputa pela reeleição. As reflexões sobre o tema revelam números expressivos: se a aliança for reeditada, a quantidade de prefeitos deverá chegar à casa dos 400, uma média de 3 mil vereadores, conjuntamente com dezenas de diretórios municipais trabalhando em prol do projeto. Além disso, os partidos terão um enorme horário de Rádio e TV no que diz respeito a propaganda eleitoral obrigatória.

Rainha da Inglaterra?
Em outro flanco, especulou-se sobre a possibilidade do deputado federal e candidato a prefeito de BH, no último pleito, Rodrigo Pacheco (PMDB) se filiar aos Democratas, neste caso, com aval do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM). Segundo fontes, Pacheco só aceitaria o convite se lhe fosse entregue o partido de “porteira fechada”, deixando-o à vontade para ser candidato a governador, além de proceder às alianças com pequenos partidos. Enfim, ele pretende reunir condições de se estruturar para enfrentar Pimentel. E sendo assim, o atual presidente da sigla, o também deputado federal Carlos Melles se portaria como uma espécie de rainha da Inglaterra, ponderam pessoas próximas ao DEM, em Minas.

Na verdade, quando o assunto é sucessão de 2018, tudo está em aberto. Atualmente, o nome do ex-presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PP), continua sendo o mais palpável nas regiões mais distantes da capital, pelo fato de ele continuar viajando por inúmeras cidades. Filiado ao Partido Progressista, Pinheiro também é cortejado para se filiar ao Democratas, porém sua assessoria considera se tratar apenas de uma hipótese.

E as especulações não acabam: o nome do ex-governador Alberto Pinto Coelho, atualmente presidente do PP mineiro, entrou na lista de prováveis nomes para disputar uma vaga no Senado. Mas isso dependeria de circunstâncias que só seriam levadas a efeito em abril, quando os pretendentes aos cargos eletivos terão de definir os seus respectivos partidos políticos.

Individualmente, o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) está bem posicionado nas pesquisas, ele aparece sempre com uma média de 15% na preferência do eleitor. Neste início de ano surgem os primeiros indicativos de que o ex-titular da PBH estaria encontrando dificuldades de fazer uma composição forte, visando encontrar robustez na disputa ao governo de Minas. Ou seja, o diálogo teria que solidificar a sua união com Pacheco e Pinheiro. Caso os três caminhem de maneira aberta, cada um por seu projeto individual, Pimentel pode liquidar essa batalha ainda no primeiro turno.
Deve ser sinal de novos tempos, mas, por incrível que pareça, o então poderoso PSDB estadual, com seu líder Aécio Neves, sequer tem sido mencionado nas reuniões.