O início do ano foi de sofrimento para quem mora ou precisou transitar por Minas Gerais, especialmente nas cidades mais próximas da região metropolitana da capital mineira. O intenso volume de chuvas ceifou vidas, provocou prejuízos materiais, desabrigou centenas e interrompeu viagens de uma multidão de passageiros que, neste período de férias, circulam pelas nossas rodovias.
Só para rememorar, Minas detém a maior malha viária do país. São vias circundadas por montanhas, lagos e rios, ambiente propício para o surgimento de intercorrências dessa natureza.
Ao longo dos últimos acontecimentos, uma presença tem sido constante: a do senador mineiro Alexandre Silveira (PSD). Foi dele a primeira entrevista concedida no dia 8 de janeiro à Rádio Itatiaia, anunciando que estava em contato com as autoridades de Brasília e, também, com o governo do Estado, buscando caminhos para atenuar as consequências do desastre geológico verificado naquela manhã, na BR-040, na altura do município de Nova Lima.
A partir dessa sua iniciativa, aconteceu nas horas seguintes uma reunião no local para deliberar como seria possível resolver a interrupção da via, elo entre o Rio de Janeiro e Brasília, passando por BH e dezenas de municípios brasileiros. Mas antes disso, o político mineiro já se debruçou sobre as demandas, um lamentável exemplo se refere ao episódio de Capitólio, mais precisamente na Barragem de Furnas, onde morreram 10 pessoas, além de dezenas de feridos depois que parte de uma das rochas do cânion se desprendeu.
Em verdade, a sua incursão relacionada aos desabrigados começou ainda no dia 3 de janeiro, quando embarcou para Brasília e ainda por volta das 6h ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e a ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda, se dirigiam ao Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas para verificarem a real situação em que encontrava todos os municípios assolados pelas chuvas, que invadiram residências e destruíram sonhos, além de deixar estradas estaduais, federais e localidades ou povoações próximas em petição de miséria.
As decisões, orientações técnicas e o atendimento à população atingida ficaram a cargo dos governos, por meio do Corpo de Bombeiros, da própria Marinha, da Defesa Civil, Polícia Rodoviária Federal, entre outros segmentos. Mas, diante do cenário que se desenhou, claro que haveria necessidade de alguém com força política para mobilizar ministros de Estado, autoridades policiais, técnicos e empresas privadas, com intuito de deliberar sobre as mazelas aqui já enumeradas.
Agora, a missão de Silveira com os demais políticos é buscar a liberação de recursos junto aos ministérios responsáveis sobre o episódio para socorrer financeiramente os municípios devastados pelas águas desse início de ano.
Para além dessa atuação dos políticos, com vistas a contemporizar as dificuldades, amparar os desabrigados e reconstruir as estruturas físicas que foram danificadas, também cabe enaltecer a solidariedade dos cidadãos que não mediram esforços em ajudar aqueles que sofreram com as chuvas nos mais diferentes lugares de Minas Gerais.