O Dia Nacional do Trânsito é comemorado em 25 de setembro e o principal objetivo da data é o desenvolvimento da conscientização social sobre os cuidados básicos que todo o motorista e pedestre devem ter. O Brasil é um dos países com mais acidentes, onde morrem, por ano, aproximadamente 40 mil pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Algumas das maiores causas são o excesso de velocidade, a embriaguez e o uso do celular enquanto dirige. Contudo, segundo dados do Anuário da Polícia Rodoviária Federal, de 2020, foram registrados 12.724* acidentes nas estradas.
CAUSAS | Nº DE ACIDENTES | Nº DE FERIDOS | Nº DE MORTOS |
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Avarias e/ou desgaste excessivo no pneu | 901 | 1271 | 64 |
Defeito Mecânico no Veículo | 3743 | 3377 | 138 |
Pista Escorregadia | 2015 | 2617 | 106 |
Velocidade Incompatível | 5878 | 7047 | 712 |
Deficiência ou não acionamento de sistema de iluminação/sinalização devido à falta de manutenção dos veículos | 187 | 197 | 44 |
*Dados do Anuário da PRF |
Em 2020, vale ressaltar que mais de 40 mil infrações foram por conduzir veículo sem equipamento obrigatório, ineficiente ou inoperante – colocando essa violação no top 20 da PRF.
Segundo o consultor técnico da Linha de Autos da empresa Unifort, Fernando Gama, os automóveis são a maioria nas estradas brasileiras e, por isso, precisam de atenção especial. “As pessoas não têm o costume de parar o carro para fazer manutenção preventiva, só procuram a oficina quando o veículo estraga e isso é muito perigoso”, alerta. Gama diz ainda que é indicado que seja feita a revisão preventiva quando chega a hora de trocar o óleo do carro. “Quando for fazer essa troca, que ocorre em média a cada 5 mil Km, é ideal que o mecânico faça inspeção na linha de freio, suspensão, iluminação, rodízio de pneus e balanceamento”, recomenda.
Para Aldo Carvalho, consultor técnico da Linha Motos da mesma empresa, é preciso estar atento a alguns componentes que são muito importantes para a segurança do motociclista, além do capacete, que é um item obrigatório. “O pneu é responsável pela aderência da motocicleta ao solo e precisa estar calibrado da forma correta pelo fabricante. Ele pode ser usado até o limite TWI, que é o indicador de desgaste máximo permitido por lei”. Carvalho ressalta ainda que outro fator fundamental são as sapatas e pastilhas de freio, responsáveis pela frenagem eficiente da moto e, também, o kit transmissão, responsável por levar a tração do motor para a roda traseira, aceleração e desaceleração. “O motociclista precisa estar atento aos sinais de desgaste para troca na hora certa”, aponta.
Caminhões e ônibus também estão incluídos nessas estatísticas e a falta de manutenção pode causar acidentes de grandes proporções. Por isso, o consultor técnico da Linha Pesada da distribuidora de peças, Rafael Custódio, esclarece que a malha rodoviária brasileira é composta por trechos com muitas serras, o que impacta diretamente na vida útil das lonas de freios. Devido ao forte atrito e calor gerado nas frenagens o desgaste aumenta significativamente, enquanto que em trechos urbanos a vida útil é mais longa.
Ele observa ainda que ao fazer a troca das lonas de freio é recomendado conferir desgastes nos rolamentos de roda para avaliar sua troca ou apenas lavagem e lubrificação. “Ela deve ser feita com graxa especial para aplicação nos rolamentos. Essa análise nos rolamentos é de suma importância para evitar o travamento das rodas ou até mesmo a sua soltura, dessa forma é possível evitar acidentes”, finaliza.
Conscientização
Entre os dias 21 e 25 de setembro os especialistas das linhas de Autos, Motos e Pesadas da Unifort darão dicas no Instagram da @unifort_ para que os condutores façam as manutenções preventivas de seus veículos regularmente.