Segundo fontes de Brasília, o secretário geral do Diretório Nacional do Partido Social Democrático (PSD) e presidente do Diretório Estadual da sigla em Minas, Alexandre Silveira, decidiu colocar seu nome para apreciação dos seus pares. E, com isso, se declara candidato ao Senado, mesmo que há pouco mais de um mês, outro membro de seu partido, o senador Antonio Anastasia, já havia sinalizado disposição para caminhar em busca da reeleição.
Registra-se ainda que Silveira, também ex-deputado federal, é atualmente diretor de assuntos técnicos e jurídicos do Senado Federal e primeiro suplente de Anastasia. Os dois são do mesmo partido do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil que, por sinal, visa ser candidato ao governo de Minas. Os matemáticos da política mineira já começaram as fazer as contas e elas não batem, pois são três vagas: governador, vice-governador e senador. Contudo, hoje, existem cinco nomes: Kalil, Carlos Viana (PSD), Silveira, Anastasia e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), a única exceção fora do PSD. Em diversas oportunidades, Agostinho se declara na qualidade de vice para a sucessão estadual.
Informações disponíveis apontam ainda que se Anastasia não perceber viabilidade em sua candidatura, poderá ser aproveitado em uma das duas vagas do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), pois o posto teria o seu perfil de técnico e professor altamente qualificado.
Relativamente a Viana, sabe-se de sua incursão para pleitear a disputa ao governo de Minas, porém, em suas andanças pelo Norte do estado, sempre destaca a candidatura de seu filho ao posto de deputado federal ao invés de cuidar de seu projeto pessoal. Vale dizer que o senador pode estar jogando para conseguir emplacar um membro de sua família como parlamentar federal, já que ele próprio ainda tem mais 5 anos de mandato.
Kalil no interior
Atendendo ao convite de Djalma Francisco Carvalho (DEM), prefeito de Cristais e presidente da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Alexandre Kalil esteve no município de Alfenas, no Sul de Minas, na semana passada, na qualidade de presidente da Frente Mineira de Prefeitos (FMP).
Esse pode ter sido o marco inicial da presença do prefeito de Belo Horizonte pelo interior do estado para turbinar o seu projeto político, tendo como objetivo o pleito de 2022. Igualmente, o seu coordenador político, o secretário de Governo e ex-presidente da ALMG, Adalclever Lopes, tem realizado constantes encontros com lideranças de diferentes regiões, inclusive no Triângulo Mineiro, onde esteve semana passada.
Até mesmo os mais ingênuos analistas políticos mineiros reconhecem que, no momento, é grande a popularidade do governador Romeu Zema (Novo) devido a uma administração equilibrada, embora sem realizações tão acentuadas.
Para além disso, os defensores do projeto político de Zema para o ano que vem disseminam aos quatro ventos: Kalil não deve ser candidato ao Palácio Tiradentes, desistindo dessa pretensão no início de 2022. Para desfazer esta informação, o grupo do prefeito terá uma longa tarefa para amplificar as vozes de popularidade do chefe do Executivo de Belo Horizonte como um nome de projeção estadual, especialmente no âmbito dos pequenos municípios. Uma tarefa descomunal, diga-se de passagem.