O assunto que está consumindo os bastidores da política na capital é a sucessão na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), cuja eleição acontecerá no dia 1º de janeiro, segundo estatuto daquela Casa. A partir desta semana, o tema promete ganhar mais evidência, já que o ex-vereador e agora de volta ao local, Walter Tosta (PL), está buscando o apoio dos seus colegas eleitos neste último pleito na tentativa de alcançar a presidência. Vale ressaltar que o grupo dos denominados novatos é composto por 24 edis. Walter é um político experiente, já foi vereador e depois se tornou deputado federal.
“Por enquanto, não posso discutir esta questão referente à sucessão para a diretoria da Câmara. Estou atuando nos bastidores em busca da votação e aprovação de temas importantes como a Reforma da Previdência, que envolve a atual legislatura e também o orçamento da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para o próximo ano. Somente a partir de cumpridas essas duas tarefas é que vou debater sobre eleição interna. Mas em geral, tenho sido procurado por companheiros no sentido de que eu possa ser candidato a presidente. Mas repito que ainda não tenho uma decisão sobre isso e vou abordar este assunto mais para o final do mês de dezembro” disse o vereador reeleito para mais um mandato, Léo Burguês (PSL), atual líder do governo na CMBH.
Irlan Melo no páreo
O vereador, advogado e presidente da Comissão de Justiça, Irlan Melo, está em alta cotação junto a seus colegas. Filiado ao PSD, mesmo partido do prefeito Alexandre Kalil, a sua atuação nos últimos 4 anos foi de muita aproximação com o Executivo. Se efetivamente levar sua candidatura a efeito, poderá ter apoio de muitos dos seus pares, especialmente os integrantes do colegiado de sustentação da base do prefeito da edilidade municipalista. A imprensa da capital tem divulgado que a atual presidente da Câmara, vereadora reeleita para o posto Nely Aquino (Podemos), irá colocar o seu nome para poder continuar no cargo.
De acordo com informações de pessoas próximas, Irlan tem mantido contatos neste sentido, mas a sua candidatura vai depender de uma série de conversações, já que dos 41 membros da Câmara, 24 estão chegando agora e não conhecem a atuação da presidente, não podendo, então, fazerem um juízo de valor. Segundo as mesmas fontes, Aquino estaria de olho na força da bancada feminina, cuja confraria a partir de janeiro vai ser de 11 mulheres. Isso é uma novidade, pois tal fato não nunca ocorreu.
No âmbito da PBH, pode ser apurado que o prefeito Alexandre Kalil almeja manter a mesma estrutura de convivência com os vereadores, mas a interlocução com os edis deve ser alterada. Entrará em cena o vice-prefeito Fuad Noman (PSD), pois, segundo analistas, ele é a pessoa mais credenciada a receber as demandas vindas do Legislativo, deixando o chefe do Executivo com mais tempo para administrar e resolver temas mais importantes, enquanto ganham espaço para planejar novos projetos, inclusive, político-partidários.