Home > Colunas > Quem sabe, sabe

Quem sabe, sabe

POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE

São muitos os problemas presentes na educação brasileira, especialmente na pública. Os números são desanimadores e é fruto do que acontece na estrutura educacional brasileira, com baixos salários, professores que não exercem o trabalho com profissionalismo ou também esbarram nas dificuldades diárias da realidade escolar, além dos pais que não participam na educação dos filhos. A boa notícia para reverter esse quadro ruim é o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), aprovado recentemente. O destaque do novo Fundeb é o custo- -aluno-qualidade (CAQ) que prevê a boa qualidade do ensino público e a valorização dos profissionais da educação, sendo que esse sempre ficou em segundo plano. A educação no país não merece ser tratada como investimento sem importância.

MAIS RADARES DE VELOCIDADE NAS RODOVIAS DE M

As rodovias estaduais de Minas Gerais vão ganhar mais de 500 radares. Todos os equipamentos serão de controle de velocidade. O custo será de R$ 104 milhões para os primeiros 30 meses de contrato. Atualmente, as estradas mineiras possuem 467 pontos com radares. Não há previsão de quando os outros equipamentos vão entrar em operação. O Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), órgão responsável pela fiscalização das estradas, informou que a ampliação vai inibir o desrespeito à lei em um número maior de rodovias e contribuir para o aumento da segurança viária. Conversa fiada! O objetivo sempre foi arrecadar. Ao invés de gastar com mais radares, por que não investir o dinheiro em educação para o trânsito e reformar as rodovias que precisam de obras com urgência?

GRANDES AVENIDAS DE BH CONTRIBUEM PARA ACIDENTES

As avenidas Afonso Pena, Antônio Carlos e Cristiano Machado têm características diferentes, mas, juntas, contribuem para os altos índices de acidentes na cidade. Entre as principais vias, a Cristiano Machado é a mais extensa, com 13 quilômetros. Quem passa por lá, não demora a flagrar inúmeras infrações de carros e pedestres. Entendemos o porquê de tantos acidentes na Antônio Carlos: pedestres caminhando fora da faixa e com o sinal para os carros aberto. Já na Afonso Pena, também o que mais se vê são transeuntes atravessando no meio dos carros, arriscando a própria vida. Os motoristas não colaboram. A Empresa de Transportes e Trânsito de BH (BHTrans) investe em campanhas para conscientizar, mas isso não tem diminuído os incidentes.

CANAL ABERTO

Fome atinge os mais vulneráveis no Brasil. Enquanto os mais ricos aumentaram as suas fortunas durante a pandemia, a pobreza e a fome cresceram assustadoramente. Cerca de 15 milhões de famílias estão em situação de extrema pobreza e 58 milhões correm o risco de deixar de comer por não terem dinheiro. Outros milhões de brasileiros estão à espera de benefícios sociais e previdenciários numa fila que o governo não consegue reduzir. E, para piorar, a alta dos preços dos alimentos, da energia elétrica, dos combustíveis e do gás, só agrava a situação em que estamos vivendo. A pandemia continuará aumentando a desigualdade social e o avanço da insegurança alimentar no país. Hoje, o governo não tem estratégia para o enfrentamento da fome que se alastra pelo Brasil. Temos que ajudar os mais necessitados neste momento preocupante.

Copa do Mundo de Futebol – Parte I. A ideia da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de realizar as Copas do Mundo de Futebol a cada 2 anos já gerou reflexos e não atende apenas a critérios técnicos, o lado político também está em campo. A mudança do número de seleções classificadas para a Copa de 32 para 48, a partir de 2026, faz parte desse pacote. Agora, o objetivo é atender o interesse dos países que desejam sediar o Mundial. O assunto será discutido com todas as principais entidades de futebol dos continentes. A Fifa defende esse projeto, com uma grande competição de seleções a cada ano, alternando a Copa do Mundo e os campeonatos continentais.

Copa do Mundo de Futebol – Parte II. Essa polêmica gerou muitos protestos. A União Europeia de Futebol (Uefa) se posicionou contra a sugestão, dizendo que a Copa do Mundo é a “joia” da coroa e deve seu valor a expectativa pela edição seguinte. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) também se posicionou contra. Resumindo, a Fifa tem a elite do futebol contra sua ideia. Europa e América do Sul detêm as principais seleções do planeta – os continentes foram os únicos até hoje a ganhar Copas do Mundo – e os clubes são aqueles que mantêm os contratos dos jogadores que sempre são as maiores estrelas do Mundial. O intervalo atual de 4 anos é justamente um dos trunfos que colocam a Copa do Mundo como um dos eventos esportivos mais valiosos do mundo. A redução tornará a competição em um acontecimento comum e o torcedor perderá totalmente o interesse. Isso é uma péssima ideia. Não se mexe no que sempre deu certo