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Estratégia para evitar reeleição de Kalil no primeiro turno não está funcionando

E m Belo Horizonte, caso os números das atuais pesquisas se confirmem, a eleição para prefeito pode ser definida ainda no primeiro turno, pois Alexandre Kalil (PSD) continua altaneiro em sua popularidade. O mesmo vem ocorrendo também em outras cidades importantes do estado.

Em alguns municípios, onde o pleito será em dois turnos, existe a possibilidade, se fosse agora, de resolver esta peleja já no dia 15 de novembro. Começa com Marília Campos (PT), em Contagem; passando por Vittorio Medioli (PSD), em Betim; chegando a Humberto Souto (PPS), em Montes Claros; e estacionando em Uberlândia, cujo atual prefeito Odelmo Leão (PP) está na liderança das pesquisas desde o início do pleito atual. Nas demais localidades, como Uberaba, Governador Valadares, Juiz de Fora e Ribeirão das Neves, não há, pelo índice momentâneo, a possibilidade de um prognóstico antecipado sobre o que efetivamente pode acontecer.

Kalil fortalecido

Faltando cerca de duas semanas para o pleito de primeiro turno, verdade seja dita: o prefeito Kalil não perdeu popularidade, segundo levantamento de todos os institutos de pesquisas, especialmente do Datafolha, Ibope e DataTempo.

Analistas e cientistas políticos entendem que, se em oito dias os adversários do prefeito não mostrarem a que vieram, a reeleição de Kalil poderia estar garantida. Vale destacar que neste início de ano foi montada uma estratégia para desidratar a popularidade do chefe do Executivo. Hoje, Belo Horizonte tem um pleito com 15 nomes disputando a sucessão, um número recorde na cidade nos últimos anos. Mas os opositores do atual mandatário podem ter errado na dose e dividiram demais os blocos. A esquerda está completamente separada, por meio de Nilmário Miranda (PT) e Áurea Carolina (PSOL). É sempre bom rememorar que é a primeira vez que o PCdoB participa do evento como cabeça de chapa. Neste ato, a sigla está representada pelo candidato Wadson Ribeiro, embora a chance de vencer seja avaliada como mínima. No passado, as esquerdas se uniram e o projeto funcionou com Célio de Castro, Patrus Ananias e Fernando Pimentel, alguns deles até reeleitos prefeito da capital.

No pleito deste ano, as candidaturas do segmento empresarial também estão se sobrepondo umas às outras. Havia uma discussão, por exemplo, indicando que apenas o presidente licenciado da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva (Patriotas), seria o representante do setor produtivo. Porém, na prática, a bandeira de Marcelo passou a ser a mesma de Bruno Engler (PRTB), Fabiano Cazeca (PROS), Luísa Barreto (PSDB), professor Wendel Mesquita (Solidariedade), Rodrigo Paiva (Novo) e do próprio João Vitor Xavier (Cidadania).

Os marqueteiros ouvidos por nossa reportagem estão convencidos e descrevem um cenário segundo o qual, para haver o segundo turno em Belo Horizonte, a nova bandeira proativa de propostas de governo apresentadas por João Vitor Xavier venha surgir efeito rapidamente. Ao lado disto, o candidato Bruno Engler, com apoio do presidente Jair Bolsonaro, e pelo fato de ser um jovem de 23 anos e muito conectado às redes sociais, vier conquistar um espaço maior entre o eleitorado jovem. De resto, nutrem, estes mesmos marqueteiros, a esperança de um crescimento exponencial de Áurea Carolina na periferia. Até porque, o aparecimento do governador Romeu Zema (Novo) pedindo votos para seu afilhado Rodrigo Paiva, por enquanto, não caiu na graça da população e especialmente ainda não repercutiu intensamente junto ao eleitorado belo-horizontino.