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Comércio registra alta de 5,2% nas atividades

O comércio nacional caminha para o que parece ser uma recuperação após o recuo causado pela crise econômica. Isso é o que mostra o Indicador da Serasa Experian, que mede a atividade do setor. Em julho, os dados registraram o terceiro mês consecutivo de alta, com um aumento de 5,2% ante o mês anterior, já considerando os ajustes sazonais.

O ramo de tecidos, vestuários, calçados e acessórios foi o que mais cresceu no período, apresentando elevação de 16,0%. Em seguida vêm os segmentos de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas móveis, com alta de 4,6%. Por fim, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (4,4%) e veículos, motos e peças (3,7%).

Quando comparado com julho de 2019, embora o número seja negativo, o indicador apresentou declínio de 17,5%. Trata-se da menor queda desde abril.

Segundo o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, a alta de 5,2% é significativa. “É o terceiro aumento seguido após um forte tombo ocorrido em abril devido à concentração dos impactos econômicos do isolamento. Esse resultado obtido em julho confirma que, nesta virada de semestre, a atividade varejista entrou em rota de recuperação”. O especialista atribui os números à reabertura gradual do comércio, tendo em vista as medidas de flexibilização e a melhora da confiança dos consumidores. “Além disso, tivemos o pagamento do auxílio emergencial por parte do governo e as reduções das taxas de juros, facilitando as renegociações de dívidas e a expansão do crédito”, afirma.

Ele acredita que os comerciantes que conseguiram, mesmo com dificuldades, manter seu negócio funcionando durante o período de recuo, poderão notar uma recuperação ainda este ano. “A economia já entrou no rumo para o recobramento da crise, os próprios dados da atividade varejista indicam isso, assim como apontam também as estatísticas da produção industrial”.

Rabi acrescenta que a economia brasileira ainda vai contar com datas importantes para essa recuperação, como o Dia das Crianças e também o Natal. “Temos também a Black Friday, que já se tornou uma data essencial para o varejo, sobretudo o eletrônico”.

O economista não espera o mesmo desempenho do ano passado, mas se mantém positivo. “Imagino que o faturamento não será como em 2019, mas serão bem melhores do que as datas comemorativas que tivemos no varejo ao longo do primeiro semestre de 2020, como Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados”, conclui.