Esta deve ser a campanha municipal mais silenciosa de que se tem conhecimento nos últimos anos. Em Belo Horizonte, por exemplo, a maioria das convenções para escolha dos candidatos está sendo realizada virtualmente por conta da COVID-19. Assim, segundo conhecedores da política, os tradicionais atos de campanha vão ficando para o final do pleito.
Na capital mineira, os nomes foram definidos sem muitas surpresas, a começar pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) buscando a reeleição. Agora, a lista de postulantes competitivos e com ideologias e posicionamentos diferentes aumentou.
Além de Kalil, foram oficializadas as pré-candidaturas do deputado João Vítor Xavier (Cidadania), Áurea Carolina (PSOL), Marcelo de Souza e Silva (Patriota), empresário Fabiano Cazeca (PROS), Rodrigo Paiva (Novo) e o deputado Bruno Engler (PRTB). Este último, conforme o TRE, obteve cerca de 25 mil votos para o posto estadual somente na capital mineira. Além do mais, a seu favor ainda existe a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro estar em seu palanque, segundo comenta sua assessoria.
De acordo com especialistas, a campanha de BH deve ficar insossa até meados de outubro. Se bem que nos bastidores, as denúncias e as fake news tendem a ocupar um enorme lugar e chamar atenção do público votante. O Edição do Brasil está abrindo espaço para as candidaturas na capital mineira. Nesta semana, publicamos um resumo das pré-propostas do candidato João Vítor Xavier.
Principais pré-propostas
O plano de governo de João Vítor Xavier está em elaboração a partir da visão de especialistas, casos e projetos de sucesso em todo o mundo e contribuição daqueles que enfrentam o dia a dia da cidade. As ideias para Belo Horizonte passam por 3 pontos iniciais de debate: a recuperação econômica e geração de empregos pós-pandemia; o retorno do diálogo da prefeitura com a população; a retomada da vocação cultural e criativa do município; e o fim da estagnação e o reposicionamento de BH no caminho para o futuro.
Conforme o pré-candidato, as propostas não podem ser pensadas em separado, mas como um sistema integrado que envolva todos os órgãos da prefeitura e os setores público, empresarial e da sociedade civil de todas as esferas. “Com isso, cria-se uma base de ideias: recuperação das áreas degradadas; requalificação do Centro e de toda a cidade, trazendo de volta o setor da construção civil, que se distanciou e foi para outros municípios da região metropolitana, levando investimentos e empregos. Além disso, o segmento é necessário para as melhorias de saneamento, tecnologia de comunicação, moradia, abastecimento, mobilidade, segurança pública, saúde, educação e defesa civil, principalmente em relação aos históricos problemas com chuvas em BH”.
Ainda segundo ele, cidade planejada com espaços próximos e integrados de educação, emprego, comércio e cultura, para assim melhorar também a mobilidade na capital e a qualidade de vida do belo-horizontino, evitando assim a fuga de pessoas e empresas para outros municípios da região metropolitana e até mesmo outras capitais do país.
“BH tem um povo criativo e receptivo, com uma cultura marcante e que atrai visitantes de todo o mundo. Temos o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Mercado Central, o Circuito Praça da Liberdade e muito mais. Dispomos de uma imensa tradição de produção literária, teatral, musical, cinematográfica e de dança. Exatamente por isso, é fundamental termos um calendário de eventos culturais consistentes. O turismo cultural, de eventos, de negócios e gastronômico estará alinhado com outros municípios e com os governos estadual e federal”.
Para concluir, o pré-candidato salienta investimento em ciência, tecnologia e inovação, setor de educação, infraestrutura e tributação com foco no estímulo ao empreendedorismo e empreendedorismo tecnológico da capital mineira, ações de meio ambiente como projeto IPTU Verde, aumento da captação de água e de área permeável e rearborização da cidade.