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Mercado de beleza segue em vasta expansão no país

Não há dúvidas de que o brasileiro é vaidoso. Prova disso é que, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal e Cosméticos (Abihpec), o mercado de beleza avançou cerca de 2% no último ano. A inflação dos produtos de higiene fechou 2018 com queda de 3,2%, indo contra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que subiu 3,75%. Para este ano, é previsto um crescimento de 4,1% nas vendas, algo em torno de R$ 50,43 bilhões a mais na economia.

E os salões de beleza têm chamado a atenção nesse mercado. Estima-se que, no Brasil, já existam 500 mil estabelecimentos formalizados. Esse corresponde a metade dos salões em todo o país, visto que cerca de 48% dos existentes são informais. Até 2021, o número desse tipo de estabelecimento vai aumentar em 4,5%.

Os dados são de uma pesquisa realizada pela Euromonitor e encomendada pela Beauty Fair que indicam que 83% desses espaços são voltados para o público feminino. Além disso, na região Sudeste, há cerca de 276 mil salões (56%), o que equivale há cerca de 625 estabelecimentos para cada 100 mil mulheres.

Para o administrador Daniel Fonseca, a alta demanda de clientes é o que fomenta o setor. “O brasileiro é ligado à estética e, além disso, ele é exigente e se preocupa com a qualidade do serviço. A procura do público cresce, logo, o setor também. Por isso, o mercado é receptivo para os investidores. Hoje, o setor de beleza e estética é formado por salões, barbearias, clínicas de estéticas e outros empreendimentos”, afirma.

Capacitar já
Fonseca, que também é diretor do Instituto Ana Hickmann, inaugurado em Contagem recentemente, alucida que um segmento que vem sendo promovido pelo crescimento do setor é o de capacitação. “As escolas e institutos de ensinos voltados à estética e beleza buscam capacitar o profissional que atua no mercado e a procura pelos cursos cresce”, informa.

Ele ressalta que essas escolas têm recebido não só pessoas interessadas em aprender, mas também em se repaginar. “Muitos querem aprimorar o que já sabem. Um bom profissional deve buscar se atualizar sempre, inclusive os mais experientes, pois esse é um mercado recheado de novidades”.

A manicure Daniela Rosa é uma dessas profissionais. Ela observou uma procura por novos serviços. “Quando completei 10 anos na área, precisei fazer um curso voltado para desenhos, pois as clientes queriam decorar as unhas e eu não sabia fazer. Agora, o que está em alta são as unhas de gel e fibra de vidro, então, decidi buscar novamente aprender algo novo e me atualizar”.

Fonseca reforça a importância de se fazer uma capacitação adequada, principalmente no que se refere à qualidade. “Vivemos em uma era na qual a informação chega rápido, mas passá-la da forma correta, e com propriedade, é o desafio. Os currículos estão cada vez mais competitivos, por isso é preciso procurar formas de se diferenciar”, finaliza.