É fato que o brasileiro é muito ligado à estética. Uma prova disso é que somos o segundo país que mais busca por cirurgias plásticas no mundo e um procedimento tem virado febre por aqui: a harmonização facial.
Como o próprio nome diz, a técnica visa trazer harmonia para o rosto e é procurado tanto por jovens quanto pelos mais velhos. É o que explica a cirurgiã-dentista e especialista em harmonização facial Ludmilla Abi-Saber. “É um procedimento tranquilo, feito com um produto que o próprio organismo produz e que é produzido em laboratório para ser injetado”.
A demanda vem de pessoas que querem se sentir melhor com a sua aparência. “Temos o perfil do paciente mais jovem, que quer prevenir rugas ou está insatisfeito com alguma assimetria, tem um lado mais torto ou não gosta de algum ponto e, também, o paciente mais idoso que deseja melhorar a flacidez, rugas e levantar o olhar, por exemplo”.
É comum nosso rosto ir mudando com o tempo. “Existe uma regrinha que usamos, principalmente, nos mais jovens: olhar para o rosto como um triângulo invertido, ou seja, a base do triângulo seria a maçã da face e a ponta, o queixo. Com o tempo, as gorduras vão cedendo e caindo, formando esse triângulo invertido”.
É seguindo essa regrinha que o profissional garante a sutileza na harmonia do rosto do paciente. “O procedimento não tem como objetivo mudar a aparência de ninguém, é preciso acertar a dose. Cada um vai responder de um jeito, nós vemos muito casos de pessoas que viraram outras após a harmonização, isso acontece por um excesso de material ou porque o cliente não foi bem indicado, ou seja, colocou material onde não precisava”, esclarece Ludmilla.
Cada caso é avaliado individualmente. “É necessário uma avaliação muito detalhada, mesmo sendo algo simples é preciso cautela. Muita gente idealiza um rosto que não condiz com sua realidade. Não posso colocar uma boca igual a da Angelina Jolie se ela não combina com a aparência do paciente. Nesse momento, o profissional precisa orientá-lo muito bem”.
A assessora de marketing Gleyce Lidiane decidiu fazer a harmonização e conta que, desde o momento em que entrou na sala da médica até o dia do procedimento, foi bem orientada. “Antes, fizemos a aplicação dos locais que iríamos mexer: as maçãs do rosto, mandíbula e também próximo ao queixo. Ela ia aplicando e me perguntando se estava bom”.
O resultado dura cerca de 1 ano e, no pós-operatório, Gleyce sentiu uma dor que, segundo ela, foi suportável. “Foi coisa de 2 dias. Quando fui fazer o retoque, o incômodo foi bem menor. Me senti renovada e a autoestima foi lá em cima”.
O procedimento
O preparo para a harmonização facial varia de caso a caso. “Em alguns, usamos anestesia tópica e a pessoa fica 1 hora esperando o efeito. Em outros, a anestesia é local, na área externa ou interna do rosto, semelhante a que usamos em procedimentos dentários”.
Não há necessidade de ponto e a recuperação é rápida. “Todos os procedimentos são injetáveis dentro da pele do paciente. O nível depende do que será feito. Às vezes, pode dar algum roxo ou hematoma, mas orientamos o cliente para que ele tenha condições de ter um pós operatório tranquilo. A única contraindicação é exercício físico que deve ser evitado de 2 a 15 dias”.
É preciso ficar atento ao escolher o profissional. “Ele deve ser feito por médicos que tenham habilitação na área, como dentistas, biomédicos, enfermeiros ou fisioterapeutas estetas”, conclui Ludmilla.