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Saiba como adaptar o corpo aos efeitos do fim do horário de verão

Amado por uns e odiado por outros, o horário de verão chega ao fim à 0h do dia 17 de fevereiro e todos os relógios devem ser atrasados em uma hora. Esses 60 minutos a menos podem afetar o funcionamento do organismo de diferentes maneiras, como sonolência e alterações no apetite. Leva um tempo para readaptar o corpo aos efeitos da mudança repentina na rotina. Mas como seria possível minimizar os impactos?

Para o clínico geral Antônio Monteiro, a explicação para essas alterações é simples. “O relógio biológico é o maior responsável. Ele é o mecanismo que controla os horários que temos fome, quando vamos dormir, precisamos utilizar o banheiro etc. Atrasar os ponteiros em uma hora pode fazer com que algumas pessoas tenham problemas”.

Ainda segundo Monteiro, o fim do horário de verão traz mais transtornos do que quando ele começa. “Para aqueles que precisam acordar cedo para trabalhar ou estudar, os efeitos são mais perceptíveis. A tendência é dormir mais tarde, mas nosso relógio biológico está programado para acordar mais cedo. Isso pode causar efeitos na capacidade de concentração. O resto consegue se adaptar mais facilmente”.

Ele lembra que é uma desregulagem temporária. “O corpo pode levar de 2 a 7 dias para voltar ao seu ritmo normal. A melhor forma de minimizar as consequências é se antecipar à mudança. Durante a semana que antecede o fim do horário de verão, tente dormir pelo menos 15 minutos mais cedo todos os dias”.

Adaptação
O publicitário Tarcísio Gomes diz que demora a se acostumar novamente com a rotina. “Nunca gostei do horário de verão e não vejo sentido algum para continuar com a prática. Quando começa, acabo tendo horas a menos de sono, pois durmo tarde e tenho que acordar cedo. E quando termina, o corpo custa a adaptar ao horário normal e sempre fico com uma sensação de cansaço”, reclama.

Orientações
O clínico geral recomenda não fazer atividades físicas exageradas durante à noite. “Exercício intenso ativa o sistema nervoso central e dificulta dormir mais cedo. Prefira atividades leves como uma caminhada”. Ele orienta também a relaxar na hora de deitar, se possível em ambiente com pouca luz, silencioso e confortável.

Entre outras dicas do especialista está o desligamento total do celular, televisão ou computador. “Esses equipamentos emitem a chamada luz azul e atrasam a produção da melatonina. Em último caso, se for usar algum desses aparelhos, evite assistir conteúdos agressivos, pois eles influenciam na qualidade do sono”.

Para a nutricionista Elaine Toledo, nesse período de transição é comum sentir dificuldade para dormir. “Existem alimentos que podem amenizar o problema. Invista na ingestão de leite, banana ou chás de hortelã e erva cidreira. Todos facilitam a produção do hormônio do sono. O que deve ser evitado são as bebidas com cafeína, principalmente durante à noite. Prefira refeições leves para não deitar com o estomago cheio demais. Procure manter os mesmos horários. Se tem costume de almoçar ao 12h, mantenha esse hábito na mesma hora”, conclui.