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Atividade física reduz em até 61% a mortalidade pelo câncer de próstata

É de conhecimento geral que a prática de atividades físicas previne vários tipos de doença, entretanto, o que muitos não sabem é que manter o corpo em movimento também ajuda a prevenir o câncer de próstata.
Um estudo feito na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, reuniu 2.705 homens com câncer de próstata e os separaram em dois grupos, um se exercitava 3 horas ou mais por semana e outro realizava exercícios da mesma intensidade, porém durante menos de 1 hora por semana. Os participantes do primeiro grupo tiveram risco de mortalidade pela doença 61% menor do que os do segundo.

O urologista Rogério Saint-Clair explica que a prática de atividades físicas contribui para a perda de peso, o que consequentemente evita também algumas doenças que podem estar relacionadas ao câncer de próstata. “A obesidade desregula várias vias hormonais que servem de proteção para o corpo do homem. Então, com uma rotina saudável, baseada em uma boa alimentação, atividades físicas, dormir de 6 a 8 horas por dia e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro, é possível ter uma prevenção direta não apenas do câncer de próstata, mas também de várias outras doenças que podem ser agravadas com o sobrepeso”.

Felipe Morais, fisioterapeuta especialista em ortopedia e esportes, alerta que qualquer atividade física deve ser sempre acompanhada por um profissional. “Todas as práticas esportivas geram benefícios para a saúde, como o controle do colesterol, a taxa de glicose, entre outros, mas a orientação de uma pessoa qualificada é fundamental para evitar lesões musculares”.
O fisioterapeuta conta que já atendeu pacientes que procuraram uma vida saudável apenas depois de ter tido o câncer. “Eles provavelmente tinham uma rotina desregrada antes da doença, às vezes eram tabagistas e bebiam muito, e o câncer foi um divisor de águas, afinal passaram a olhar melhor para a saúde até para evitar a recorrência do mal”.

Ele finaliza dizendo que após o câncer é necessário ter cuidado nos exercícios praticados. “Tudo depende de como foi o tratamento, se ele precisou de passar por um procedimento cirúrgico ou não. Mas independente se o homem passou pela cirurgia, é imprescindível ter uma liberação do médico para voltar a fazer alguma atividade física e o profissional irá também orientar o que pode ser feito. Porém, da experiência que tenho, geralmente, antes de iniciar alguma prática, o paciente passa pela fisioterapia visando, principalmente, uma melhora do controle da musculatura abdominal e pélvica. Ou seja, esse retorno é gradativo”.

Esporte como aliado
O corretor de seguros Fernando Araujo conta que sempre praticou esportes, desde quando ainda era garoto. “Quando era jovem, fui esportista federado, mas depois fazia apenas corrida, caminhada e ginástica até receber o diagnóstico do câncer. Isso foi um duro golpe, pois perdi o controle psicológico e tive até que fazer uma cirurgia para a retirada total da próstata”.
A intervenção foi realizada em maio do ano passado e, após 6 meses, ele voltou com às atividades físicas. “Atualmente faço caminhada, pilates e musculação. É uma forma de sempre manter o cuidado com a minha saúde”, finaliza.

 

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