As eleições de 1982 foram o primeiro passo para redemocratização do país. Depois disso, aconteceu um crescimento exponencial de segmentos organizados visando a participação nos pleitos eleitorais, principalmente, no Legislativo.
Ao longo das décadas, a eleição de parlamentares com base segmentadas (igrejas, sindicatos, bancadas da bala, do boi e do futebol) aumentou significativamente.
De certa forma, a sociedade como um todo começou a entender a importância da ocupação do espaço parlamentar como forma de criar políticas públicas coletivas e aquelas em defesa dos interesses dos segmentos que a cada um interessa. A correlação de forças ficou mais acirrada.
Em 2016, na campanha de prefeito, surgiram nomes de candidatos considerados não-políticos, entre eles os atuais prefeitos de Belo Horizonte e São Paulo, Kalil (PHS) e Doria (PSDB), eleitos com um discurso objetivo de que não eram políticos, mas empresários. Uma fala que os posiciona como candidatos sem máculas, vícios e os costumes políticos.
Nessas eleições surgiram novos nomes com um posicionamento. A ideia é mostrar que as instituições estão falidas porque falta uma gestão competente, empreendedora e transparente.
Entre os postulantes com esse posicionamento e o perfil referido, está o empresário do setor de Segurança Igor Timo (Podemos). Ele almeja ser um dos 53 parlamentares eleitos para representar Minas Gerais na Câmara Federal.
Com apenas 36 anos, essa é a primeira vez que ele participa da disputa política. Nascido na cidade de Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha, Timo faz questão de lembrar que, desde cedo, conviveu com a dura realidade da região, cercada por limitações. Deste modo, sua campanha, rumo à Brasília, é apenas uma dentre tantas batalhas já travadas ao longo da sua história.
Ao ser questionado sobre as motivações para a inserção no meio político, Timo declara que vai propor mudanças, usando a política como instrumento de transformação social, em busca de um novo caminho para a sociedade em geral.
O candidato garante ainda que vai usar de sua experiência no ramo empresarial para desenvolver ações pontuais com a finalidade de melhorar o atendimento na saúde, segurança, educação e, principalmente, na economia. “Eu gero trabalho e renda para mais de 7 mil famílias no Estado com meus empreendimentos. Sei como fazer e vou priorizar o emprego que representa o desenvolvimento, o progresso e a qualidade de vida.
Outros candidatos
Outros nomes proeminentes do setor produtivo estão participando desta sucessão. A lista começa pelo empresário Romeu Zema (Novo), atualmente ocupando o terceiro lugar na pretensão de se tornar governador do Estado. Além dele, temos ainda Fabiano Lopes (Pros), Antonio Cesar Miranda (Avante), Misael Varella (PSD), Hercílio Coelho Diniz (MDB) e Ana Paula Junqueira (PP), esposa do atual prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão (PP).