Os primeiros 7 meses do ano apresentaram queda no índice de criminalidade do estado. O monitoramento feito pelo Governo do Estado apresentou redução em 10 das 12 estatísticas avaliadas.
Depois de 6 anos consecutivos em alta, o roubo apresentou uma diminuição no ano passado. De janeiro a julho deste ano, foram computados uma redução de 22.927 crimes desse tipo todo estado, o que equivale a menos 63 ocorrências por dia.
As reduções chegam a 32,8%, como nos registros de roubo, com destaque também para a queda dos casos de extorsão (-32,2%) e sequestro e cárcere privado (-22,9%).
Para o secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes, a diminuição é proveniente de ações que se mostram eficazes. Foram contratados mais 4.360 novos militares e cerca de 1.600 investigadores da Polícia Civil, peritos e médico-legais. Além disso, foram adquiridas cerca de 2 mil novas viaturas para as polícias civil e militar em todo o estado.
Outro ponto importante é que programas reconhecidos como o “Fica Vivo”, “Central de Alternativas Penais” e “Mediação de Conflitos” estão sendo levados para novas cidades: foram quatro novos centros neste ano. Nos territórios, onde os programas atuam a redução de mortes de jovens, de 12 a 24 anos, chegou a 20% no estado e 30% em Belo Horizonte.
A apuração de homicídios feita pela Polícia Civil alcançou 55% no ano passado. Já a média no país é menos da metade: 25%. Na capital, 86 bases móveis da Polícia Militar foram implantadas. A redução de crimes violentos alcança 32% desde a implantação do projeto que faz com que nenhum belo-horizontino fique a menos de 4km de um policial.
“Nós temos o objetivo de dar continuidade a política de mais segurança, com efetivo na rua e bases móveis. Além de melhorar a parte de investigação. Focar no Grupo de Intervenção Estratégica de Enfrentamento a Roubos (GIE-R) e homicídio, ampliar o Fica Vivo”, aponta o secretário.
Feminicídio
Indo contra as diminuições, o crime contra a mulher cresce em Minas e no Brasil. Dados da Sesp revelam aumento de 9% dos casos de feminicídio entre 2016 e 2017. No ano passado, a média foi de 1,1 crime desse tipo por dia.
O secretário aponta que isso tem a ver com a complexidade do delito. “Assim como o estupro de vulnerável é um tipo de crime de difícil prevenção e investigação, o feminicídio também é. Por ser uma questão privada que, na maioria das vezes, acontece no lar ou em uma relação próxima”.
Contudo, de acordo com Menezes, os números no estado são baixos. “As mulheres têm buscado proteção estatal e com a mudança na lei houve uma forte repercussão sobre esses casos”.
Apoio da população
Por fim, o secretário acrescenta que a sociedade tem grande participação na redução dessas taxas. E que a secretaria segue contando com o apoio de todos por meio do Disque Denúncia, o 181. “A pessoa também não deve deixar de fazer o boletim de ocorrência se passar por alguma situação, porque é através dele que vamos prover as ações necessárias”.