Com o passar dos primeiros dias de julho, as chapas eleitorais dos pré-candidatos ao Governo de Minas vão ganhando forma. O deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM) anunciou a primeira-dama de Uberlândia, Ana Paula Junqueira (PP), como vice-governadora de sua coligação.
Rumores indicam que, para completar sua chapa majoritária, Pacheco teria oferecido uma vaga a disputa ao Senado para o deputado federal e presidente do PP em Minas, Renzo Braz. Porém, a informação ainda não foi confirmada e Braz segue como pré-candidato à reeleição para seu atual cargo.
Os partidos PSB, PDT e PROS já anunciaram apoio ao ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda, mas ainda não se sabe quem será seu vice. O nome mais cotado é do deputado federal Jaime Martins (PROS).
Outra candidatura que cresce em número de alianças é a do Antonio Anastasia (PSDB). Ele recebeu o apoio do PTB mineiro em um encontro com deputados e lideranças do partido, como o do presidente da sigla, parlamentar Dilzon Melo. Durante o evento, o tucano declarou que o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Dinis Pinheiro (Solidariedade) será o primeiro senador de sua chapa, conforme foi ratificado pelo Solidariedade. Dinis desistiu de sua candidatura a governador visando uma cadeira no Palácio do Planalto. Melo celebrou a aliança. “Ele estará com Anastasia e não vejo problema em nos referirmos a ele como o senador número um”.
No que se refere ao apoio declarado a Anastasia, ele frisa que sua sigla presa pelo valor que os candidatos têm. “Hoje temos 86 pré-concorrentes a deputado estadual e 23 a federal. Todos com potencial e uma garra tremenda para trabalhar em favor de Anastasia”.
Segundo Melo, eles têm um objetivo em comum: resgatar Minas Gerais. “O PTB fornece valores de qualidade, como Anastasia. Nós sabemos que ele pode reerguer nosso estado com seriedade e achamos que ele é o único que pode fazer isso”.
Apesar da aliança, o PTB não negociou cargos e nem indicou nenhum majoritário. O presidente frisou que, historicamente, sempre apoiou Anastasia e Aécio Neves (PSDB). “Iremos continuar, porque vemos neles o que é preciso para Minas. Não estamos preocupados com cargos no governo, mas com os desmandes que o atual vem fazendo, judiando dos prefeitos e acabando com serviço público no interior”.
Para o presidente, o povo mineiro tem sentido na pele a desorganização do atual governo. “O pessoal está desesperado. Greves em cima de greves e isso reflete nas manifestações que temos visto contra essa administração que não manda nada”.
Melo elucida que isso refletirá nas urnas. “Será uma eleição difícil, o povo está desmotivado e sem motivos para ir votar. Vemos, no governo federal, decisões que só atrapalham a vida dos que mais precisam, como as reformas Trabalhista e da Previdência. Não podemos ficar apertados com essas mazelas. Temos que pensar no futuro”, conclui.