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PF apreendeu cerca de R$ 200 mil em notas falsas em Minas Gerais

A falsificação de dinheiro é um crime que tem causado grandes prejuízos a economia brasileira. De acordo com dados do Banco Central, só em 2017, 457.317 notas foram apreendidas no país. As cédulas mais falsificadas foram as de R$ 50 (142.226 unidades) e R$ 100 (231.424 unidades). No ano passado, São Paulo liderou o ranking dos Estados onde mais circulam notas faltas com 157.236, seguido pelo Rio de Janeiro (52.495) e Minas Gerais (52.248).

Segundo a Superintendência Regional da Polícia Federal em Minas Gerais, entre 2016 e 2017, quase R$ 200 mil em cédulas falsas foram apreendidas no Estado e, além disso, 140 pessoas foram presas. Eles explicam que os criminosos costumam realizar pequenas compras com cédula falsa de valor elevado, a fim de trocar o dinheiro por notas verdadeiras e, com isso, obter lucro em detrimento dos comerciantes.

A assessora de comunicação Andreza Cruz acabou perdendo R$ 10. Ela conta que sacou o dinheiro no caixa eletrônico e quando foi comprar um produto em uma loja, o caixa a informou que a nota era falsa. “Foi uma situação bem constrangedora, pois tinha acabado de pegar a nota no banco. Não comprei nada, não troquei o dinheiro e fiquei muito chateada. Paguei com outra nota. Depois peguei a outra e joguei no lixo”, lamenta.

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Penalidade
A Superintendência Regional da Polícia Federal em Minas Gerais destaca que a falsificação é determinada por um laudo pericial. “Caso a fraude seja grosseira, o crime é de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, com pena de 1 a 5 anos de reclusão, e então a apuração será da competência da Polícia Civil. Tratando-se de defraudação não grosseira, apta a enganar a vítima, o crime é de moeda falsa, previsto no artigo 289 do Código Penal, com pena de 3 a 12 anos de reclusão, de competência da Polícia Federal. A pena é a mesma (3 a 12 anos de reclusão) para quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação cédula falsa”.

Além disso, a superintendência informa ainda que a pessoa que tentar colocar uma nota falsa em circulação após tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa-fé, pode ser condenada de 6 meses a 2 anos de detenção.

Em combate à falsificação, a Polícia Federal conduziu no ano passado as Operações Moneda, Money in Box, Engodo e Pecúnia, nas quais foram efetuadas prisões e apreensão de grandes quantias em dinheiro falso.

Na conta do empregador
Quem nunca viu um caixa verificando atentamente as notas que recebem? Pois é, muitas vezes essa é uma orientação da empresa, pois, em alguns casos, se recebem alguma nota falsa o valor pode ser debitado de seu salário. No entanto, a advogada Cida Vidigal explica que essa é uma situação bem complicada, uma vez que o ônus do negócio é do empregador e ele não pode transferir essa atribuição. “Se o funcionário, por uma questão de negligência, não cumprir uma ordem direta da empresa e deixar passar várias cédulas, por diversas vezes, ele pode ser responsabilizado, como uma dispensa por falta de atenção e cuidado ao desempenhar suas funções. Mas, se for um caso esporádico, não. Esse é o risco do negócio e o empregado não pode ser onerado por isso”.

Saiba como identificar uma nota falsa

No Brasil temos duas famílias de Real. A primeira de 1994 e a segunda de 2010. Veja as especificações de cada uma:
Observe a marca d’água. Segure a cédula contra a luz, olhando para o lado que contém a numeração.

  •  Na frente da cédula da primeira família do Real (lado que contém a numeração), olhe a partir do canto inferior esquerdo, colocando-a na altura dos olhos, sob luz natural abundante: ficarão visíveis as letras “B” e “C”. Já nas notas mais novas, a coloque na altura dos olhos, na posição horizontal, em um local com bastante luz, você verá o número indicativo do valor dentro do retângulo no lado direito da nota.
  •  Observe a estrela do símbolo das Armas Nacionais nos dois lados da cédula da primeira família. Já nas cédulas da segunda família, olhe a faixa holográfica.
  •  O papel legítimo é menos liso que o papel comum. A impressão apresenta relevo na figura da República (efígie), onde está escrito “Banco Central do Brasil” e nos números do valor da cédula da primeira família. Já nas cédulas de 2010, o relevo está em algumas áreas, como na legendas “República Federativa do Brasil”; no numeral do canto inferior esquerdo; no numeral do canto superior direito (somente nas notas de R$ 50 e R$ 100); nas extremidades laterais da nota. Além disso, no verso (somente nas notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100), estão na legenda “Banco Central do Brasil”; na figura do animal e no numeral.
  • Existem canetas e detectores de notas falsas no mercado que prometem identificar, mas o BC não recomenda e nem garante a utilização dos mesmos. O ideal é seguir as dicas acima.
    Fonte: Banco Central