Home > Destaques > “Não há como dizer não para o Facebook”

“Não há como dizer não para o Facebook”

Uma rede social que conseguiu unificar o relacionamento entre as pessoas e negócios. É assim que podemos definir o Facebook que, no ano passado, atingiu a marca de 2,072 bilhões de usuários ativos por mês. Esse número é 16% maior que o registrado em 2016, quando ele tinha 1,788 bilhão de usuários.

O Facebook também se destacou quanto o assunto foi lucro. A receita com publicidade subiu 49% no terceiro trimestre e chegou a US$ 10,14 bilhões, além disso, as ações da companhia tiveram alta de 1%, sendo negociadas a US$ 184,50.

Para entender melhor sobre essa rede social, o Edição do Brasil conversou com Lorena Tárcia, mestre em educação e pós-doutoranda em comunicação.

Por que as empresas investem tanto no Facebook?
Não tem como as empresas fugirem. Algumas conseguem se dar ao luxo de colocar o Facebook em segundo plano, como a Globo que prefere o YouTube, mas no momento de crises, ela recorre a rede para ter interatividade. Além disso, as organizações têm que estar onde as conversações estão acontecendo e o Face é bom em gerar negócios em torno das conversas.

Essa rede social é indispensável para qualquer negócio?
Todos os negócios passam por ali, inclusive com alguns grandes desafios. Por exemplo, no mundo do jornalismo, o Facebook disponibiliza espaço para empresas colocarem as matérias na plataforma, o que gera o acesso mais rápido e, como consequência, a terceirização da distribuição do conteúdo – atividade base do jornalismo -. Não há como “dizer não” para o Facebook ou Google, porque a economia está baseada na atenção e, as empresas que conseguem capitanear isso, se sobressaem nos negócios no universo digital.

O que fez o Face ser a maior rede social do mundo?
O Facebook foi um fenômeno mundial, pois ainda não havia uma rede de conexão de grupos de pessoas que fosse tão consistente e que permitisse o recebimento e divulgação de informações por grupos de amigos. Essa foi a grande sacada do Zuckerberg (fundador do Facebook). Ele percebeu que as pessoas queriam se comunicar em grupos mais fechados.

Pode-se falar que existe um esvaziamento do Facebook?
Sim, mas é um esvaziamento natural. As pessoas vão encontrando outros nichos mais específicos e outras ferramentas da própria rede, como o Instagram que divide a atenção. Acontece que os jovens estão deixando de usar o Facebook, porque tem muito adulto. Os parentes estão na rede, então o local passa a ser muito familiar e os adolescentes começam a dividir a atenção, mas não saem do Face. Além disso, há o fenômeno do WhatsApp, um aplicativo que é mais imediato. Ele esvaziou todas as redes da conexão instantânea e a forma como faz isso ainda é um “mistério” para os estudiosos.

Então, podemos concluir que os jovens estão optando por outras redes sociais?
Estamos observando esse fenômeno há algum tempo, tanto em termos de migração de classe quanto em relação à idade. Vimos o Snapchat, uma rede formada por jovens e o que os atraiam era justamente o fato dos adultos não conseguirem usar, porque é um aplicativo complexo. Agora, há uma migração para o stories do Instagram, apesar de ter tido uma resistência inicial, além do Tumbler e a retomada do Twitter.

O Facebook já tem uma “data de morte”?
Isso ainda está longe devido a uma característica interessante: as pessoas não querem começar uma nova rede, porque isso é trabalhoso. Agora, o Facebook está em uma fase de estabilização, o que acontece com todas as redes. Ademais, é importante destacar a capacidade de renovação constante. Ele é um laboratório de comunicação muito interessante e, com isso, consegue se renovar.

[table “” not found /]

[box title=”” bg_color=”#d8d8d8″ align=”center”]– 9 milhões tem de 13 até 17 anos – 28 milhões de 18 a 24 anos – 29 milhões de 25 a 34 – 17 milhões de 35 a 44 anos – 10 milhões de 45 a 54 – 4,5 milhões de 55 até 64 – 2,1 milhões mais de 65[/box]

[table “” not found /]

 

Fonte: Facebook