O Cruzeiro tem fama de revelar bons goleiros. Foi assim com Rafael Plassmann, Gomes, Fábio, Jefferson, Rafael e, agora, Vitor Eudes. Com 19 anos, o jovem arqueiro não sentiu a pressão de jogar com a camisa celeste e defendeu pênaltis nas finais contra o Coritiba e Atlético. As boas atuações levaram a equipe ao título brasileiro do sub-20, à conquista da Supercopa e à Libertadores da categoria no ano que vem – competição que será disputada no Uruguai, em fevereiro.
Natural de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, há 2 anos, Vitor jogava em um time amador da cidade, o Frigoarnaldo. Ele conta que a oportunidade de ir para o Cruzeiro surgiu após um jogo entre a sua antiga equipe contra a Raposa. “Fizemos duas partidas contra eles no mineiro, uma ganhamos e a outra perdemos. Mas fui bem e me chamaram para fazer uma avaliação”.
Vitor afirma que teve que aprender a lidar com o peso da camisa mas que agora é tranquilo. “As pessoas já estão me reconhecendo na rua, pedindo para tirar foto e acho isso muito legal, porque é a valorização do trabalho. Mostra que estou fazendo bem feito”.
Ele conta que o seu ídolo no futebol é o goleiro Fábio, também conhecido por pegar pênaltis em momentos decisivos. “Desde de pequeno eu sou cruzeirense e sempre tive ele como espelho”. Por estar no sub-20, Vitor treina com frequência com os atletas da equipe profissional e, consequentemente, com aquele que é o seu modelo de atleta. “Na primeira vez, me senti um pouco impactado pela situação. Porém, com o tempo, isso foi se tornando algo rotineiro. Os jogadores do profissional acabam passando a experiência deles para gente”.
Título contra o Atlético
Ao ser questionado sobre o título da Supercopa conquistado em cima do Atlético, no Independência, o arqueiro diz que foi uma vitória diferente das demais. “Estávamos jogando dois campeonatos, o brasileiro e o mineiro. Na segunda competição entramos com o time reserva, como o Galo tem uma boa equipe, ganharam o primeiro jogo, por isso o título foi muito comemorado”.
Contudo, Vitor acrescenta que possui amizade com jogadores do Atlético e que não sofre com a pressão do rival. “Como sou de Minas, vivo essa rivalidade. Alguns amigos atleticanos vieram brincar comigo, falando que torcem pela minha carreira, mas que eu não deveria ter pego os pênaltis”.
Expectativa para o futuro
O goleiro revela que está ansioso para disputar a Libertadores em 2018. “Será uma boa experiência, algo a mais na carreira, afinal vamos jogar uma competição sul-americana”.
Ele revela ainda que está trabalhando duro para conseguir uma vaga na equipe profissional. “Quando cheguei no Cruzeiro tinham outros goleiros muito bons, mas treinei bastante e conquistei meu espaço. E é assim que as coisas funcionam, tem que se dedicar para colher os resultados. Se a oportunidade aparecer, vou agarrar da melhor maneira possível”.