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Prefeito de Caeté critica falta de solidariedade da PBH

Nos meses de novembro e dezembro, Minas Gerais foi atingida por um grande volume de chuvas e, por isso, diversas cidades do Estado tiveram sérios problemas. Caeté, localizada há 60 km da capital mineira, foi uma das que mais sofreu com chuva de granizo. O prefeito Lucas Coelho (PTB) conta que foi solicitado recursos para reparar o município. “Estivemos com o presidente Michel Temer (PMDB) para solicitar verbas. Ele prometeu R$ 1 milhão, mas até agora o dinheiro não chegou”.

Ele disse ainda que algumas prefeituras ajudaram a cidade, no entanto, critica a atitude da administração de Belo Horizonte. “Recebemos o apoio de Contagem, mas o prefeito Alexandre Kalil (PHS) sequer ligou ou demonstrou um gesto de solidariedade. A ajuda de BH seria essencial, nesse momento, devido a Defesa Civil”.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da PBH e não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Entretanto, Coelho ressalta que empresas privadas como MRV, Supermercados BH e AngloGold, entre outras, estão ajudando a reerguer Caeté. “O Servas também demonstrou apoio. Trouxeram roupas e mantimentos. A nossa preocupação era acomodar a população. Com a ajuda das empresas, órgãos e prefeituras, conseguimos prestar assistência integral, pois o pânico poderia ser maior caso não agíssemos rápido”.

Contudo, ele ainda lembra que o ocorrido não foi devido a uma falha estrutural e, sim um desastre natural. Segundo o prefeito foi a maior carga d’água recebida pelo município durante 20 minutos, sendo que, durante esse tempo, foi possível ver pedras de gelo do tamanho de uma bola de tênis de mesa.

Em decorrência da chuva, mais de 2 mil famílias ficaram desabrigadas, porém a maioria já foi atendida e realocada. “Algumas já voltaram para as casas ou estão hospedadas com amigos e parentes. Antes, mais de 50 famílias ficaram alojadas no ginásio da cidade e já saíram”.

Coelho conta que a chuva não afetou a cidade inteira, mas diz que destruiu essencialmente três bairros: o São Geraldo, Emboabas e Catita. “Escolas, igrejas, posto de saúde e cinema foram destruídos. No entanto, a nossa prioridade é recuperar a casa das pessoas”.

Reflexos
De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), cinco mortes foram confirmadas desde o início do período chuvoso, em outubro.

Além de Caeté, os municípios mais atingidos foram Ribeirão das Neves, Pedro Leopoldo, Abre Campo, Pedra Bonita, Rio Casca, Santo Antônio do Grama, São Pedro dos Ferros, Urucânia, Timóteo, Coronel Fabriciano, Caratinga, Varginha, Pouso Alegre e Divinópolis.

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