Um estudo da ONU revela que a população global atual é de 7,6 bilhões de habitantes e deve subir para 8,6 bilhões em 2030 pelos cinco continentes. Na vida das pessoas, uma das paixões é acompanhar e torcer para equipes esportivas. O esporte faz parte do dia a dia de milhões de pessoas seja no futebol, basquete, vôlei, rugby, futebol americano, futsal, natação, atletismo, esgrima, natação, ginástica, boxe, ciclismo entre outras modalidades. Para manter o investimento dos atletas, comissões técnicas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, massagistas e todo staff que as equipes dos atletas necessitam, o dinheiro é fundamental, as despesas são altas com treinos, jogos, viagens, manutenção de equipamentos, uniformes, etc.
Para manter as práticas esportivas, o marketing vem crescendo ano a ano, com a marca das empresas nos uniformes dos atletas e comissões técnicas, placas de publicidades nos estádios, ginásios e em todos locais onde são realizados os treinos e competições.
No Brasil a profissionalização do departamento de marketing esportivo nas empresas é hoje o maior entrave para o crescimento do mercado do esporte no Brasil. Enquanto não houver pelo menos um grupo de funcionários pensando como aplicar no projeto e investimento do marketing, mostrando o retorno que a marca das empresas são vistas para o mundo, através de fotos e matérias em jornais impressos, revistas, televisão, as diversas redes sociais, como blogs de notícias, instagram, facebook, twitter, o nde a publicidade sempre está ligada ao atleta e equipes. É necessária a profissionalização, estudos sérios e competentes para o investimento do marketing esportivo nas equipes, seja nos uniformes, placas de publicidades que mostram sua marca.
Para se ter uma ideia, a cifra de investimento em marketing esportivo, em 2015, na América do Norte foi de US$ 21,4 bilhões, na Europa (US$ 15,3 bi) e Ásia/Pacífico (US$ 14 bi), enquanto isso a América Latina recebeu cerca de US$ 5 bilhões. Os demais países somados tiveram US$ 2,5 bilhões de investimento em esporte.
Nos EUA, 70% do aporte está associado diretamente a eventos esportivos. O país foi palco de duas das mudanças mais importantes no mercado neste ano, ambas na NBA. A liga norte-americana de basquete trocou Adidas e Coca-Cola por Nike e PepsiCo, respectivamente. O acordo com a fabricante do Oregon, por exemplo, renderá US$ 1 bilhão por oito temporadas, o triplo investido pela marca das três listras nos últimos 11 anos.
A Pepsi, por sua vez, arrebatou ainda uma das cotas principais da Uefa para a Liga dos Campeões da Europa e utilizará, além dos rótulos dos refrigerantes e bebidas não-alcóolicas, suas marcas de aperitivos Lay’s e Doritos por cerca de € 50 milhões anuais.
Para a Coca-Cola restou o consolo de “roubar” da concorrente o patrocínio da Major League Soccer (MLS). Na Ásia, a organização dos Jogos Olímpicos de 2020 que será no Japão, impulsiona o investimento em esporte, registrando um crescimento de 5,2%, quase igualando o continente à Europa e abrindo larga vantagem para os latino-americanos. No mundo, para se ter uma ideia da grandeza dessa indústria esportiva, as marcas ligadas ao esporte movimentam cerca de US$ 700 bilhões por ano, valor equivalente a R$ 2,7 trilhões. Esses números representam 1% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
Aqui, no Brasil, os clubes de futebol tem o apoio da Caixa Econômica Federal que patrocina a maior parte das equipes, é a maior patrocinadora do futebol brasileiro atualmente. A Caixa paga este ano R$ 132,5 milhões para exibir sua marca nos uniformes dos clubes. O montante é o mesmo que foi desembolsado em 2016. A diferença com o investimento das empresas na América do Norte, Europa e Ásia é enorme em comparação com o Brasil.
Além da Caixa, as empresas de bebidas, telefonia, planos de saúde e bancos particulares também investem no esporte brasileiro, mas o valor é pequeno e, com isso, os clubes precisam com urgência da profissionalização das equipes esportivas para a valorização do marketing, buscando pesquisas de mercado para orientar a atuação das mesmas.
Quem mais sofre com a falta de recursos financeiros são os esportes chamados “olímpicos” como vôlei, basquete, natação, atletismo, ciclismo, boxe etc. Muitas das vezes, os clubes tem que se virar para participarem das competições, sem recursos têm equipes que são obrigadas a pegar ônibus e viajar longas estradas para participar dos jogos. É necessário investimento na profissionalização do marketing e “vender” bem feito a importância do esporte para a vida das pessoas e o retorno que a publicidade dá com a mostra da marca das empresas.
No futebol, os sócios torcedores estão sendo uma nova investida dos clubes, com quase 1,3 milhão de associados, que pagam mensalmente um valor para ter direito a entrada no estádio, descontos em produtos do clube e em estabelecimentos comerciais. É uma receita que vem dando certo e ajudando em muito os clubes em seu orçamento financeiro.
*Jornalista – sergio51moreira@bol.com.br