A importante iniciativa da administração de Contagem ao anunciar a implantação do Sistema de Políticas de Inovação para a Indústria nos remete ao maior desafio do setor no século XXI.
Esse projeto, apresentado à diretoria do Ciemg como a primeira política para alavancar, fortalecer e revitalizar a atividade industrial em Contagem que propôs como primeira ação a implantação do Centro de Inovação de Contagem. O Ciemg foi convidado para receber para integrar, aglutinar esforços e capitanear a execução desse plano de inovação que terá a indústria como locomotiva para o desenvolvimento econômico da região.
Considerado o primeiro marco desse projeto, o Centro, já em obras de restauração, ocupa área de 22 mil metros quadrados no Distrito Industrial Juventino Dias, o primeiro instalado no país e que simboliza essa retomada rumo à inovação.
Se o século XX, para a indústria, foi marcado pela revolução tecnológica da automação, da robotização dos processos, o século XXI terá, com certeza, como marco do setor, a quarta revolução industrial ou a Indústria 4.0, que nada mais é que a inteligência artificial aplicada nos processos de produção.
Essa mudança chega de maneira tão impactante quanto foi à invenção do motor a vapor, considerada a primeira revolução industrial, seguindo-se as linhas de montagem, inauguradas com o Ford T e a terceira, com a integração de computadores à produção. Irreversível, com certeza, essa revolução já implantada em países como Alemanha, China, Coreia do Sul Estados Unidos, Japão está apenas começando no Brasil. E, preveem analistas de mercados mundiais, deve estar consolidada em até 20 anos, em escala global. Tempo esse muito curto, considerando-se a velocidade com que as novas tecnologias são absorvidas.
Setor mais atingido pela crise econômica, a indústria brasileira se encontra diante desse novo desafio, de avançar para a implantação desse sistema que, por meio de sensores e softwares reúne e processa milhões de dados e aciona comandos e interações entre máquinas.
Uma radical mudança na manufatura de produtos é o que propõe a nova realidade em que sistemas e máquinas interligados “conversam” entre si. Com as máquinas conectadas em rede e produção monitorada 24 horas, os ganhos beneficiam todos, de redução de custos em todas as áreas e no produto final, até melhor qualidade de vida pela redução no uso dos recursos naturais e seu impacto ambiental.
Nos países onde a Indústria 4.0 já é realidade, centros de pesquisa e universidades, empresas e órgãos públicos têm atuado juntos para sua implantação, mas o Brasil ainda precisa avançar muito para estimular a incorporação desses novos sistemas produtivos ao nosso cotidiano.
Coerente com a relevância do tema e o desafio de promover ambiente propício para o desenvolvimento do setor, antecipamos a realização de um abrangente seminário sobre o que há de mais atual para impulsionar nossas empresas rumo à consolidação da Indústria Digital.
Fica nosso convite para – entre outras iniciativas do Ciemg em parceria com o Sebrae MG que virão – esse encontro, em novembro, com os mais renomados especialistas em tecnologia digital e inovação.