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Já que Minas não tem mar, bora para a cachoeira?

Não é novidade que quem conhece Minas Gerais, não esquece jamais. Com sua culinária, cidades históricas e paisagismo, o Estado tem inúmeras características que fazem o turista ter aquele gostinho de quero mais. Uma delas são as belas cachoeiras que atraem pessoas do Brasil todo e até de outros países. As quedas d’águas são destino também para muitos mineiros.

O professor e mestre de turismo em meio ambiente, Tom Pires, explica que a localização faz com que as cachoeiras sejam preservadas. “Minas é montanhosa e as quedas d’águas se encontram nos topos de serras e terrenos com pouca incidência da atividade humana e agropecuária. Isso torna o acesso mais limitado e favorece a conjunção de fatores que tornam os locais em melhor condição de uso. A água também possui excelente qualidade”.

Contudo, apesar de todo o sucesso que as cachoeiras fazem, a principal reclamação dos visitantes é a falta de informação acerca dos lugares. “O reflexo disso é que muitas não são nem conhecidas. Quando pesquisamos na internet, achamos blogueiros que fazem publicações contando de suas experiências, mas falta saber dados que oriente o turista: se a trilha é tranquila, se pode levar comida, bebida, criança, cachorro etc. Referências necessárias para que a pessoa consiga aproveitar o momento”.

A assistente comercial Luisa Souza frequenta cachoeiras há 7 anos e diz que a falta de informação é real. “A gente sempre pergunta para conhecidos que já foram até o local. É a melhor maneira de saber tudo o que precisamos para ir até lá. Tem lugares que são difíceis de chegar e não seria uma boa para ir com criança, por exemplo. Além disso, observo que no próprio local falta sinalização, o que pode fazer com que alguém se perca”.

Pires informa que é importante garantir essa informação à população, a fim de estimulá-la a frequentar as cachoeiras. “É um patrimônio nosso. Até a vida na cidade melhora, inclusive, existem estudos que provam que o contato com a natureza enriquece o desenvolvimento humano. Além disso, o próprio espaço físico precisa melhorar, seria interessante ter um local para as pessoas descansarem, uma gestão de segurança adequada, porque têm cachoeiras que não comportam muita gente. É preciso uma logística que promova a visitação e contribua com a sustentabilidade”.

Após conhecer cerca de 20 cachoeiras no Estado, Luisa corrobora com a fala de Tom. “No caos do dia a dia, ir a padaria já nos estressa. Só de ver as fotos e vídeos que faço em minhas viagens e passeios fico mais calma. É muito bom sair da rotina e ter esse contato com a natureza”.

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Amor de cachoeira fica

Olga e Antônio em 1974

Nossas cachoeiras, recentemente, viraram palco de uma linda história de amor. O casal Olga e Antônio Forato, de Americana/SP, passaram a lua de mel, em 1974, em Poços de Caldas. Eles tinham 24 e 26 anos, respectivamente. Em 2011, para comemorar 35 anos de união, o filho do casal deu a toda a família uma viagem para o mesmo lugar. “Foi a segunda lua de mel, mesmo com filho, nora e neta. Hoje, minha avó tem 67 e meu avô tem 69. O momento foi lindo”, conta a neta do casal Ingrid Forato.

Olga e Antônio em 2011

Veja a lista das 7 cachoeiras mais próximas de BH:

Nome Local Km (a partir da Praça Sete) Tempo de viagem Valor da entrada
Cachoeira do Urubu Pedro Leopoldo 50,3 56 min Não encontrado
Cachoeira Poço Encantado Nova Lima 30 57 min R$20
Cachoeira do Paiolinho Marinho da Serra/ Moeda 59,6 1h10 R$20
Cachoeira do Castelinho Ouro Preto 110 2h Não encontrado
Cachoeira do Índio Rio Acima 47,6 km 1h29 Não encontrado
Cachoeira Grande Serra do Cipó 95,1 1h37 R$25
Cachoeira dos Carrapatos Itabirito 84,7 1h40 Não encontrado
Véu da Noiva Serra do Cipó 100 1h46 R$30