Na semana passada, uma das figuras mais polêmicas do cenário político atual, Roberto Jefferson (PTB) esteve na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), a convite do deputado estadual Dilzon Melo (PTB), para debater sobre as expectativas da legenda em relação à eleição do ano que vem. Jefferson, atualmente, ocupa o cargo de presidente do partido, mas ficou conhecido nacionalmente por delatar o esquema do Mensalão, durante o Governo Lula (PT).
Em sua passagem por Belo Horizonte, o ex-parlamentar almoçou com Dinis Pinheiro (PP), possível candidato ao cargo de governador do Estado. Segundo Jefferson, “a casa está aberta para receber Dinis”.
Além disso, o presidente nacional do partido salienta que quer Dinis Pinheiro para disputar uma eleição majoritária pelo PTB em Minas, seja para governador ou senador. “O PTB está fazendo viagens regionais e Dinis está com o partido”.
Melo confirma que a sigla quer um político forte para disputar o pleito de 2018. “Não queremos correr o risco, como na última eleição, e apoiarmos um candidato sem nome”. O parlamentar acrescenta que a legenda está fazendo coligação com mais sete partidos, visando ter mais tempo na televisão para serem protagonistas em 2017.
Outra possibilidade é Antonio Anastasia (PSDB) ser candidato a governador e Dinis o seu vice. “Dinis ainda não definiu o futuro, mas, após isso acontecer, irei sentar com o meu colega Aécio para decidir o que faremos”, disse Jefferson.
Além de Dinis, o PTB mineiro também está pensando em nomes para disputar cadeiras na Câmara dos Deputados. Segundo o deputado estadual Arlen Santiago (PTB), o vereador Cláudio Prates e o parlamentar Felipe Attiê serão candidatos.
Cenário nacional
Jefferson falou também sobre qual candidato o PTB irá apoiar nas eleições para presidente. Na opinião do ex-deputado, o nome de Aécio Neves (PSDB) está muito desgastado nacionalmente e o ideal seria Geraldo Alckmin (PSDB) como o candidato tucano. “Se João Doria (PSDB) sair como aspirante ao governo federal, o PTB não vai apoiar. Precisamos de uma pessoa que junte o país, como pode fazer o Alckmin. Caso o partido feche a porta para ele, o PTB estará de braços abertos”.
Para ele, o principal nome da disputa para presidente no ano que vem será, além do governador de São Paulo, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) e descarta o ex-presidente Lula (PT). “O Lula não pode ser candidato, se for e ganhar, não pode governar, pois o Brasil não pode virar a Venezuela. Eu quero que o Lula seja candidato de novo pra ser derrotado nas urnas e acabar esse mito”, finaliza.