Não há novidades em relação aos bastidores da política mineira. Inclusive, a pesquisa do Instituto Paraná divulgada, semana passada, pela imprensa estadual indica a recuperação do prestígio de Fernando Pimentel (PT). O resultado já era conhecido pelos segmentos mais organizados e encarregados de acompanhar esse tema de perto.
Quando decidiu retornar ao interior para visitar duas dezenas de municípios menores, o pré-candidato Dinis Pinheiro (PP) já anunciava a possível recandidatura de Pimentel. Aliás, essa possibilidade tem ganhado fôlego, especialmente, nas pequenas cidades.
No geral, permanece uma situação indefinida em relação ao futuro do deputado federal Rodrigo Pacheco. Não se sabe se, efetivamente, irá permanecer no PMDB, ou deixar a sigla e, nesse caso, poderia sumir do mapa de pré-candidatos em 2018. É o que avaliam os matemáticos da política mineira. Por outro lado, os Democratas se insinuam fortes como se estivessem preparados para o pleito, porém, tudo não passa de um jogo de cena. Afinal, atualmente, eles só contam com dois parlamentares federais e dois estaduais em seus quadros. Ou seja, em Minas, a sigla é considerada nanica.
Vez dos empresários?
O pensamento mais ouvido nas diversas reuniões informais indicam a preocupação dos dirigentes partidários em evitar que surjam nomes de oportunistas para se colocarem como solução na disputa para governador. Vale dizer que se não vingar um os postulantes já propalados, como Pimentel, Anastasia (PSDB), Kalil (PHS) e Dinis, a opção seria testar um empresário.
Neste segmento, a novidade da semana fica por conta da lembrança do nome do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci. Membro de família tradicional da capital, ele comanda a entidade, mas, como líder empresarial, tem ramificações em quase todo Estado, por meio das filiais. Mesmo porque, perante o Brasil, a CDL é considerada um modelo de administração, com resultados práticos para os comerciantes e lojistas.
Fora isso, continuam as sugestões e citações de nomes de sucesso, como o presidente da Fiemg, Olavo Machado; o empresário Josué Alencar, ainda filiado ao PMDB, porém, ausente das discussões políticas e empresarias de Minas; o prefeito de Betim, megaempresário Vittorio Medioli, que não dá qualquer pista se aceita o desafio ou prefere atuar nos bastidores para o encaminhamento de outro nome de sua pretensão. E, por fim, alimenta-se a expectativa de uma possível aceitação do embate por parte do dono da Localiza, Salim Mattar. A rigor, o seu nome é mencionado apenas pela imprensa. Ate agora, ele próprio não veio a público dizer a sua opinião sobre o tema.
Considerando o rigor da atual legislação eleitoral, qualquer candidato tem de se filiar a um partido político com antecedência para poder se candidatar a governador ou cargo majoritário. Neste caso, se algum dos aqui citados, realmente, levar o projeto político avante, terá que se inscrever a qualquer que seja a sigla. Até porque, ao que se sabe, por enquanto existem apenas especulações sobre esse tópico, sem nada de concreto.